Atendente morre após complicações no parto em Goiás
Hospital informou que, após o parto, a paciente apresentou complicações graves,
recebeu atendimento emergencial e foi transferida para uma unidade de maior
complexidade. Família fala em erro médico.
É segunda gravidez de Wanessa que já tinha outro filho com o marido — Foto: Arquivo Pessoal / José Luiz
A atendente Wanessa Rosa de Oliveira, 31 anos, morreu após complicações durante
um parto, em uma maternidade de Goiânia. Ao DE Goiás, o esposo, André
Luiz Lourenço, disse que estava presente na sala de parto e percebeu uma série
de erros por parte da equipe. A recém-nascida sobreviveu e segue sob cuidados
médicos. Hadassa é a segunda filha do casal e era o sonho da mulher, segundo o
marido.
Em nota ao DE, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes
(HEMNSL) informou que a mulher estava com 37 semanas de gestação, foi submetida
a uma cesariana na manhã de quarta-feira (19) e, após o parto, apresentou
complicações graves. O hospital disse ainda que ela recebeu atendimento
emergencial e foi transferida para um hospital que trata casos de maior
complexidade, mas não resistiu.
Ao repórter do DE, Rodrigo Melo, o marido de Wanessa disse que a equipe médica
informou à família que a mulher teve um rompimento da bolsa e acolamento de
placenta. “Parece que a placenta, em vez de descolar para tirar, acabou colando
nos órgãos. Por estar colando nos órgãos, dificultou a retirada dela”, disse.
Wanessa sonhava em ter uma menina — Foto: Arquivo Pessoal/André Luiz
ERRO MÉDICO
O marido suspeita de erro médico e disse ter percebido desespero por parte da
equipe.
> “Eu vi que eles se desesperaram. Eles erraram na hora de transportar, chegou
> sangue errado, voltou. A ambulância foi para o lugar errado, e eles pagaram
> uma ambulância por fora para levar minha esposa a outro hospital, porque a
> ambulância estava demorando demais”, afirmou.
Ele acredita que a mulher ficaria com sequelas caso sobrevivesse.
“Na minha cabeça, eu perdi minha esposa naquela mesa de cirurgia. Foi lá que ela
fechou o olho e nunca mais abriu. Só a entupiram de droga para levar para o
outro hospital, porque ela, no caminho, teve uma parada cardíaca, durante a qual
ficou 19 minutos sem oxigênio”, disse.
A unidade, que fica na Vila Jaraguá, acrescentou que, diante da gravidade do
quadro, foram adotadas “todas as medidas assistenciais indicadas”, incluindo
estabilização clínica e transferência para outra unidade”. A instituição
lamentou a morte e disse estar à disposição dos órgãos competentes. (veja a nota
completa abaixo).




