O morro ‘desmontado’ que virou cartão-postal: como o Aterro do Flamengo e a TV Globo mudaram o Rio há 60 anos

Inaugurados em 1965, parque e emissora cresceram juntos e marcaram gerações. Antes, a paisagem do Centro a Botafogo era bem diferente. Confira o antes e depois.

Da transformação ao cartão-postal: como o Aterro do Flamengo e a TV Globo mudaram o Rio há 60 anos

Da transformação ao cartão-postal: como o Aterro do Flamengo e a TV Globo mudaram o Rio há 60 anos

O Rio de Janeiro que é conhecido hoje começou a mudar há exatamente 60 anos. Em 1965, o mesmo ano em que a TV Globo foi inaugurada, a cidade ganhava também um novo cartão-postal: o Parque do Flamengo, o famoso Aterro. Antes disso, a paisagem era outra — e muito mais selvagem.

Desde o início do século passado, o trecho da Baía de Guanabara entre a Glória e o Flamengo já passava por transformações. Primeiro veio a Avenida Beira-Mar, ampliando as faixas de trânsito e começando a desenhar uma nova orla.

Depois, a Praça Paris. O projeto do arquiteto francês Alfredo Agache trouxe o urbanismo moderno para a região.

Mas foi mesmo em 1965 que o cenário mudou de vez: o Aterro do Flamengo, uma megaobra de aterramento e paisagismo assinada por nomes como Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx, deu vida ao espaço que antes era basicamente mar e lama.

Aterro do Flamengo, anos 60 — Foto: Reprodução/TV Globo

FAMOSO CARTÃO-POSTAL

Se antes a paisagem era de obras e improviso, hoje o Aterro é sinônimo de lazer, beleza e mobilidade. Com o Pão de Açúcar como pano de fundo, o parque conecta Botafogo, Flamengo, Glória e o Centro, num dos trechos mais fotografados da cidade.

Assim como a TV Globo, que nasceu no mesmo ano, o Aterro cresceu e acompanhou a transformação da cidade e da vida dos cariocas. Uma coincidência que ajudou a contar — e a construir — a história do Rio que conhecemos hoje.

Aterro do Flamengo atualmente — Foto: Reprodução/TV Globo