Centrais sindicais e líderes da esquerda se uniram em um ato na Praça da República, em São Paulo, para defender a soberania nacional e se opor à anistia de golpistas. A presença de ministros do governo de Lula, deputados federais e figuras importantes da esquerda ressaltou a importância da mobilização. As críticas à proposta de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro marcaram os discursos durante o evento.
O ato, que reuniu partidos de esquerda, movimentos sociais e sindicatos, foi organizado como uma resposta às manifestações bolsonaristas programadas para o mesmo feriado da Independência. Com o céu nublado e temperatura amena, o ato ocupou partes da Praça da República e atraiu uma grande quantidade de políticos e militantes de esquerda.
Enquanto a defesa da soberania nacional era o mote principal do evento, as críticas à proposta de anistia aos investigados pela tentativa de golpe de Estado em janeiro foram o destaque dos discursos. Líderes como o presidente estadual do PT, Kiko Celeguim, criticaram abertamente a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em relação à anistia.
Além das discussões sobre soberania nacional e anistia, outras pautas importantes foram levantadas durante o ato, como a taxação dos super-ricos, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, questões que têm sido defendidas pelos movimentos de esquerda desde o início do ano.
Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal começou a julgar Bolsonaro e outros réus pela tentativa de golpe de Estado em 2022. O julgamento, que pode resultar em uma condenação de até 43 anos de prisão para Bolsonaro, está em andamento. Ao mesmo tempo, a discussão sobre a anistia para condenados por crimes contra a democracia ganha força no Congresso, com pressão dos aliados de Bolsonaro. O governo de Lula e o presidente têm se posicionado contra qualquer proposta de anistia.
Diante desse cenário, a mobilização na Praça da República em São Paulo se torna um reflexo da divisão política e das diferentes visões em relação à anistia e à soberania nacional. Enquanto a esquerda busca se unir em defesa dos seus ideais, a sociedade acompanha atentamente os desdobramentos desse importante debate.