Atlas da Violência aponta “queda sistemática e persistente” de homicídios em Goiás

Goiás foi o terceiro estado que mais reduziu a taxa de homicídios entre 2020 e 2021, com queda de 18%, enquanto a média nacional reduziu 4,8%. Os dados são do Atlas da Violência, divulgado nesta terça-feira (05/12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Quando comparado com 2018, a redução dos homicídios em Goiás é ainda maior, chegando a 35%. O número total de homicídios também registrou diminuição semelhante (16,8%), caindo de 2.177 casos em 2020, para 1.812 em 2021. O Acre contabilizou 33% de queda na taxa desse tipo de crime, enquanto Sergipe aparece na segunda posição com redução de 20,3%.

Em contrapartida, os maiores aumentos percentuais ocorreram no Amazonas (34,9%), Amapá (17,1%) e em Rondônia (16,2%), evidenciando o problema de segurança pública da região Norte do país. O levantamento destaca que poucos estados brasileiros conseguiram manter a redução gradativamente. “Um aspecto digno de nota é a diminuição, sistemática e persistente, das taxas de letalidade de seis Unidades Federativas, desde o início da série: Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo”, ressalta o documento lançado nesta terça.

Para o governador Ronaldo Caiado, os investimentos na área da segurança pública no estado são prioridade na atual gestão e esses dados comprovam os resultados positivos. “Nossas polícias estão integradas e têm tecnologia, informação e formação de policiais preparados para enfrentar a realidade do crime que, hoje, intimida o Brasil, mas não Goiás. Sem segurança pública, não existe Estado Democrático de Direito, liberdade, economia de mercado, não existe sequer a condição do cidadão sobreviver”.

Homicídios por arma de fogo

Considerando apenas os casos de mortes provocadas por arma de fogo, Goiás é o segundo estado brasileiro com maior diminuição, registrando 27% menos casos em 2021, em comparação com 2020. Foram 1.391 notificações em 2020, contra 1.012 no ano seguinte. Desde 2018, a redução desses crimes em Goiás é de 48%. A média geral do país foi de apenas 2% de queda. Nesse quesito, Goiás fica atrás somente do Acre, onde a redução foi de 48%. Ao todo, 11 estados brasileiros contabilizaram aumento de homicídios por arma de fogo no mesmo período: entre eles, Amazonas (53,6%), Amapá (37,2%), Rondônia (33,2%), Mato Grosso do Sul (27%) e Piauí (26,9%).

Proteção da juventude

A taxa de homicídios de jovens, que compreende a população de 15 a 29 anos, caiu 24,9% entre 2020 e 2021, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (27,5%) e Acre (44,5%). As maiores altas foram registradas em Rondônia (45,3%) e no Amazonas (45,1%). Quando considerado as crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos, a redução em Goiás chega ao número expressivo de 43,8%, enquanto a média nacional foi de 12,9%.

Outro índice que despenca em Goiás acima da média nacional, de acordo com o Atlas da Violência, são os homicídios de pessoas negras. Enquanto o estado reduziu em 17% o número total desses crimes, o país registrou queda de apenas 3,5% na quantidade de notificações. Quando considerada a taxa de homicídios, que calcula o número de mortes proporcionalmente ao tamanho da população, a queda em Goiás é ainda maior, de 20,9%, enquanto a na média geral do Brasil é de 3,9%.

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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