Pesquisa Atlas: Lula alcança 50,7% dos votos válidos e pode ser eleito no 1º turno

Lula pesquisa Atlas

Em pesquisa Arko/Atlas com divulgação nesta sexta-feira, 30, o ex-presidente Lula (PT) aparece próximo de conquistar o terceiro mandato. Analisando apenas os votos válidos, o petista chegou a 50,7% contra 41% de seu principal concorrente, Jair Bolsonaro (PL). Na disputa pela presidência das Eleições 2022, se essas porcentagens se concretizarem no pleito, Lula seria eleito ainda no primeiro turno.

Lula próximo do objetivo

O levantamento mais recente do Instituto Atlas e da Arko Advice entrevistou 4.500 pessoas pela Internet, entre os dias 24 e 28 de setembro. Como o debate da Globo ocorreu na última quinta-feira, 29, a repercussão de tal programa não entrou em consideração nesta pesquisa. De qualquer forma, Lula aparece na frente.

O ex-presidente somou 49,3% das intenções de voto, contra 39,9% de Bolsonaro. No entanto, descartando os votos nulos, brancos e indecisos, cujos números chegaram a 2,7%, os dois principais competidores subiriam mais de 2% nos votos válidos. Portanto, Lula ultrapassaria os 50% mais um voto, necessários para se eleger no primeiro turno.

Entre os demais candidatos à presidência, Ciro Gomes (PDT) alcançou 3,6% dos votos válidos, enquanto Simone Tebet (MDB) ficou com 2,6%. Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d’Ávila (Novo), Vera Lucia (PSTU), Constituinte Eymael (DC), Padre Kelmon (PTB), Leo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) tiveram menos de 1%.

Vale ressaltar que a margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual. Isso significa que ainda assim Lula poderia cair para menos de 50%, o que culminaria em uma disputa de segundo turno. Na pesquisa estimulada desse cenário, o petista tem 51,8% das intenções de voto, contra 42,4% de Bolsonaro.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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