Atletas paralímpicos goianos partem em busca de medalhas em Paris

Quatro atletas goianos que integram as seleções brasileiras de vôlei sentado masculino e feminino foram recebidos, nesta sexta-feira, 9, pelo governador Ronaldo Caiado. Às vésperas do embarque para São Paulo, onde iniciam a preparação para os Jogos Paralímpicos de Paris, eles ouviram desejos de boa sorte e palavras de incentivo do chefe do Executivo Goiano. “Quero fazer um agradecimento especial a esses atletas que estão levando o nome de Goiás para o mundo. Joguem com a raça dos goianos e goianas”, pediu.

O encontro contou com a participação das atletas Adria Jesus, Nurya Almeida e Pâmela Pereira, da seleção feminina, e do atleta Raysson Ferreira, da equipe masculina. Paraibano, mas residente em Goiás há mais de 30 anos, o treinador José Agtonio Guedes Dantas, da seleção masculina, também foi recebido pelo governador. Durante a reunião, Caiado reforçou o compromisso de apoiar cada vez mais o esporte no estado. “Goiás tem que brilhar em todos os lugares. Quanto mais líderes no esporte, mais referências teremos para as nossas crianças”, disse ele.

Os quatros atletas goianos e o treinador se apresentam à seleção neste sábado, 10, na capital paulista, e seguem para Paris no dia 22. As Paralimpíadas começam dia 28. A estreia das atletas goianas nos jogos será no dia 29 e do atleta Raysson, dia 30.

Apoio
Adria Jesus, Nurya Almeida e Pâmela Pereira são bolsistas do programa Pró-Atleta, iniciativa do Governo de Goiás para fomento ao esporte de alto rendimento. “O incentivo é importantíssimo porque auxilia na questão de academia, alimentação, suplementação. Contar com esse apoio nos ajudou bastante até chegar a essa convocação”, celebrou a veterana Adria, de 41 anos, que disputará sua quarta Paralimpíada. Com participação das goianas, a seleção feminina já foi bronze nos Jogos do Rio (2016) e de Tóquio (2021), além de ter conquistado o Campeonato Mundial em 2022, na Bósnia-Herzegovina.

José Agtonio Guedes treinou as meninas do Brasil nas últimas edições, mas agora está à frente da seleção masculina. Com tantos anos de experiência, lembrou que a história da modalidade goiana se mistura com a nacional, ajudando o país a ser 3° e 2° lugares no ranking mundial masculino e feminino, respectivamente. “Temos atletas de Goiás representando o Brasil desde 2006. Se a gente for contar as participações nas últimas quatro paraolimpíadas, são 16 participações goianas. É um número significativo. O voleibol sentado goiano é de excelência e vanguarda no cenário internacional”, celebrou.

O secretário de Esporte e Lazer, Rudson Guerra, lembrou que além do Pró-Atleta, o Governo de Goiás contribui com o fornecimento de estrutura e apoia a Associação Paralímpica do Estado de Goiás (Aspaego), que abriga os representantes do vôlei sentado e de outras modalidades. “Cedemos o espaço (Centro de Excelência) e também o material para que possam se preparar. Nossa meta é participar cada vez mais da rotina dos atletas. Não apenas dos de alto rendimento, mas com a inclusão social do paradesporto em todos os municípios”, declarou. O superintendente de Paradesporto e Fomento Esportivo da Seel, Mário Kanashiro, também participou do encontro.

Vôlei sentado

O vôlei sentado é praticado por homens e mulheres que possuem alguma deficiência física. Com seis jogadores em cada time e uma quadra menor, a modalidade tem sets de 25 pontos corridos e, caso necessário, um tie-break, com 15 pontos. Ganha a partida a equipe que vencer três sets. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD).

A estreia brasileira nos Jogos Paralímpicos foi em Pequim (2008), apenas com equipe masculina, terminando a competição em sexto lugar. Em Londres (2012), o Brasil participou com equipes masculina e feminina, ficando em quinto lugar. O melhor resultado foi no Rio 2016, em que a seleção feminina conquistou o bronze, assim como em Tóquio (2020).

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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