Análise: Atlético-MG flerta com queda, consegue escapar, mas termina o ano sem nada para comemorar

Clube bate o Athletico-PR, mas sente drama de ficar a um gol da queda em ano de finais

Último jogo de 2024, e o Atlético-MG viveu a sensação – caso levasse um gol – de ser rebaixado à Série B do Brasileiro. Não levou. Venceu o Athletico-PR na Arena MRV, confirmou a vaga na Sul-Americana e só. Nada para comemorar, mas muito para refletir sobre os erros cometidos no planejamento.

Lucas Gonçalves optou por repetir a formação do jogo contra o Vasco. Foi mais seguro defensivamente, mas sem apresentar nada de diferente no ataque. Atlético e Athletico-PR fizeram um primeiro tempo protocolar e sem muitos riscos. Pouco produziram, nem parecia estar em jogo um rebaixamento.

Os outros jogos impactavam no Z-4: Bragantino vencendo, Fluminense batendo o Palmeiras. O Furacão estava no Z-4. Quem perdesse, estaria rebaixado. De duas finais a flertar com a Série B por 73 minutos.

Uma bola no travessão de Everson deu mais drama a situação do Atlético. Mas durou pouco tempo. O pesadelo acabou aos 28 minutos, quando Rubens sofreu pênalti. Hulk desperdiçou, mas o cria da Cidade do Galo definiu no rebote. Um a zero. Vitória que confirmava a permanência e a vaga na Sul-Americana de 2025. Dali para o fim, o jogo passou pelo desespero por parte do Athletico-PR. O Galo soube se defender bem. Lyanco entrou e ajudou na proteção da área. O time foi mais consistente até o apito final. Sem nenhum brilho, mas evitando um dos maiores vexames da sua história.

No último ato de 2024, o Atlético cumpriu sua obrigação. Sem jogar bem e sem mostrar repertório no ataque. E os erros no planejamento, na montagem do elenco e de gestão ficam de lição para não serem repetidos no próximo ano. Sem comemorar, mas evitando um desastre.