Entrega de coletes à prova de balas para a Polícia Militar de São Paulo está atrasada, e os agentes precisam revezar os acessórios de proteção. Dos 17 mil coletes solicitados até o momento, apenas 3 mil foram entregues. Segundo a Polícia Militar, a licitação demorou mais do que o previsto, o que impossibilitou a substituição de todos os coletes a tempo.
Os coletes à prova de balas têm vida útil de cinco anos e, após esse período, precisam ser substituídos. Como os policiais militares não podem utilizar equipamentos vencidos, eles têm que revezar os coletes já entregues. Os 3.000 coletes recebidos foram distribuídos em 15 de abril, enquanto o cronograma inicial previa a entrega de todos os 17 mil coletes até 15 de maio.
O atraso na entrega dos coletes se deu devido a um problema no processo de compra dos equipamentos. A Polícia Militar conta com cerca de 83 mil agentes em todo o estado de São Paulo, necessitando de quantidade suficiente de coletes balísticos para garantir a segurança dos profissionais.
O coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, afirmou que os problemas registrados em algumas cidades são pontuais e que existe um planejamento de reposição a cada cinco anos, proporcional à quantidade de policiais e à necessidade anual de aquisição dos coletes.
Um colete balístico é composto por duas partes: a placa e a capa. A placa é responsável por resistir a impactos de balas, enquanto a capa é feita de tecido semelhante a uma roupa comum. A licitação para a compra dos coletes demorou mais do que o previsto, resultando na necessidade de reteste com as empresas fornecedoras.
Mauro Cesari, ouvidor das Polícias de SP, destacou que a Polícia Militar deveria ter se organizado para realizar a licitação dos coletes com antecedência, evitando situações como o atraso na entrega dos equipamentos. A lei de licitações prevê a possibilidade de reteste com fornecedores reprovados, o que prolongou o processo de aquisição dos coletes à prova de balas. É fundamental garantir a segurança dos agentes que arriscam suas vidas diariamente em prol da proteção da sociedade.