Atropelamento na BR-277: Amigas param para socorrer ciclista e são atingidas por carro de policial em Curitiba

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Amigas param para ajudar ciclista atropelada e são atingidas por carro de policial militar em Curitiba

Motorista que atingiu ciclista fugiu sem prestar socorro. Local estava sinalizado quando tenente atropelou as vítimas. Caso é investigado.

Três mulheres são atropeladas na BR-277, em Curitiba
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Três mulheres são atropeladas na BR-277, em Curitiba

As amigas Giulia Rainele da Silva, de 23 anos, e Joyce Soares Rodrigues, de 27 anos, estão internadas em estado grave depois de terem sido atropeladas por um policial militar de folga enquanto ajudavam a socorrer uma ciclista.

Na madrugada de sábado (1), as duas passavam pela BR-277, na altura do km 83, em Curitiba, quando viram a ciclista Cleonice Vitoriano, de 53 anos, que tinha sido atropelada por um motorista que fugiu sem prestar socorro.

Giulia e Joyce pararam o veículo e chamaram o socorro. Momentos depois, a polícia chegou, isolou e sinalizou o local.

Enquanto o atendimento era feito, um veículo não respeitou a sinalização do primeiro acidente e as atropelou. Segundo Paulo Roberto Costa de Oliveira, marido de Giulia, a esposa foi arrastada por 15 metros.

“A polícia chegou bem rápido, eles isolaram a pista, com giroflex ligado, cone, encostou uma moto da polícia com luzes, estava tudo sinalizado. Veio um rapaz em alta velocidade, bateu na viatura, que prensou a primeira vítima – ficou com a roda em cima da cintura dela – e ele pegou a minha esposa e a minha comadre no guard rail”, detalha Paulo.

Giulia Rainele da Silva e Joyce Soares Rodrigues socorriam a ciclista Cleonice Vitoriano quando foram atropeladas — Foto: Arquivo Familiar

Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O) que registrou o caso, o motorista é um tenente da Polícia Militar que estava de folga. O documento detalha ainda que ele recusou fazer o teste do bafômetro, foi encaminhado para um hospital e liberado em seguida.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tenente foi multado em R$ 2900 por se recusar a fazer o teste do bafômetro e teve o direito de dirigir suspenso por um ano.

Segundo a corporação, o motorista tirou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em maio e, por conta disso, no momento da batida, estava com a carteira provisória.

A PRF detalhou ainda que não foram constatados sinais suficientes para enquadra-lo no artigo de embriaguez ao volante e, por isso, ele não foi preso.

O motorista que atropelou Cleonice Vitoriano ainda não foi identificado.

A Polícia Civil informou que investiga o caso. A Polícia Militar informou que vai abrir o procedimento administrativo pertinente para apurar a situação.

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