Atuação deve mostrar força do agronegócio, avalia Caiado

Caiado.

“A propriedade rural não pode ser violada em hipótese alguma”, afirmou o governador Ronaldo Caiado aos novos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) do Congresso Nacional, durante solenidade de posse da nova diretoria, realizada na noite desta terça-feira, 7, em Brasília (DF). Em discurso, o governador disse que o grupo, composto por 342 deputados e senadores, precisa ser atuante na defesa de pautas nacionais, como o direito à propriedade, a reforma tributária e o acesso ao crédito rural.

“Ninguém admite mais que as pessoas coloquem em risco os locais que estão produzindo. Quero deixar claro: em Goiás não tem nenhuma invasão e não terá. Isso é minha garantia para o setor produtivo, que sustenta e gera emprego em tantas áreas”, disse Caiado ao se referir ao registro recente de invasões de propriedades rurais consideradas produtivas na Bahia. Ele ainda emendou que a segurança no campo é tratada com prioridade no estado e está amparada por legislações aprovadas com apoio da antiga bancada ruralista.

Liderança do setor agropecuário, o chefe do Executivo teceu elogios ao novo presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion. “É um jovem que conheço bem, eu o vi crescer. Sei de sua competência para presidir a FPA, que por sua vez é muito bem assessorada em temas relevantes. Um parlamentar habilidoso, em seu segundo mandato e que vai brilhar”, projetou o governador. Para ele, a frente é uma das mais importantes do Legislativo e sua atuação deve demonstrar a força do agronegócio brasileiro.

Lupion estará no comando da frente durante o biênio 2023/2024. O parlamentar disse que pretende construir pontes com o governo federal e acompanhar a política de desenvolvimento da agropecuária. “Temos que cuidar dos produtores rurais, fazer com que sejam cada vez mais respeitados no país”, argumentou ele. O novo presidente é representante do estado do Paraná, filho do ex-deputado federal Alberto Lupion e bisneto do ex-governador paranaense Moysés Lupion.

Goianas

Na nova diretoria, duas deputadas federais representam Goiás. Marussa Boldrin tomou posse como vice-presidente do Centro-Oeste. “Tenho a missão, junto com o governador e com os de nossa região, de fomentar ainda mais a agricultura brasileira”, frisou. Já Silvye Alves assume a diretoria de comunicação, com o desejo de “humanizar” os temas do agro. “Quando se fala no agronegócio, pensa-se apenas em pessoas poderosas. Se a gente conseguir desmistificar isso, as pessoas vão começar a compreender a importância do setor no Brasil”, resumiu.

Também prestigiaram a cerimônia de posse o presidente do Sistema Faeg, Zé Mário Schreiner, e o senador por Goiás Wilder Morais.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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