Audiência pública discute construção de Polo Industrial de Reciclagem

O projeto de criação do Pólo foi aprovado em julho pela Câmara Municipal de Goiânia
Os vereadores Sabrina Garcez (PTB) e Gustavo Cruvinel (PV) irão promover nesta terça-feira (21), audiência pública para discutir a viabilidade e os impactos do Pólo Industrial de Reciclagem, que será erguido nas proximidades do Aterro Sanitário de Goiânia. O objetivo é fazer um painel com especialistas em meio ambiente, empresários e cooperativas do setor, além de autoridades públicas, para verificar a receptividade da ideia junto a esses setores e colher mais subsídios para aprimorar a matéria.
O projeto de criação do Pólo foi aprovado em julho pela Câmara Municipal de Goiânia, depois de visitas ao aterro e debates que envolveram os vereadores, que estão propondo a audiência.
Com a lei, a capital terá seu primeiro Polo Industrial do Ramo de Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil e de Lavanderias Industriais e Hospitalares. O espaço destinado à construção destas empresas é no entorno do Aterro Sanitário, localizado na GO-060, saída para Trindade.
Segundo Gustavo Cruvinel, que preside a Comissão do Meio Ambiente, este é um bom caminho. “Temos que encontrar saídas para evitar que os resíduos cheguem ao aterro e, assim, a gente consiga aumentar a sua vida útil”, defende Gustavo.
“Temos municípios que estão muito à frente de nós. Um exemplo é Catalão, que já está construindo uma usina de reciclagem de resíduos sólidos que vai transformar restos de construção civil que iriam para o lixo, em energia elétrica”, afirma Sabrina.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp