Augusto Aras, ex-PGR, enfrenta críticas por suas decisões sobre inquéritos contra o presidente. Conheça as implicações de suas ações.

Decisões polêmicas de Augusto Aras

O ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, tem sido alvo de críticas por suas decisões durante sua gestão, especialmente em relação a inquéritos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Aras arquivou centenas de inquéritos contra Bolsonaro, incluindo pedidos de investigação sobre sua postura durante a pandemia de COVID-19 e ataques ao sistema eleitoral.

Reuniões controversas no Palácio do Alvorada

Recentemente, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou em uma delação premiada que Aras marcava reuniões diretamente com Bolsonaro no Palácio do Alvorada. Cid destacou que, enquanto outras autoridades precisavam dele para agendar encontros com o presidente, Aras fazia isso diretamente. Essas reuniões eram frequentes, mas Cid não participava delas e não sabe o que era discutido.

Críticas à omissão em investigações

A omissão de Aras em investigar Bolsonaro por crimes de responsabilidade, como na condução da pandemia, também foi criticada. Ele evitou atender a pedidos de subprocuradores-gerais para recomendar ao então presidente evitar manifestações contra a política de saúde pública. A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado trouxe à tona a inércia de Aras em conter o discurso de ódio e a escalada do bolsonarismo.

Reação da defesa de Bolsonaro

A defesa de Bolsonaro já anunciou que irá pedir a anulação da delação de Mauro Cid, criticando o processo e a atuação do ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro, por sua vez, ironizou as acusações, chamando-as de “denúncia Disney”.