Presidente Augusto Melo pede expulsão de ex-diretor Rozallah Santoro do Corinthians

Mandatário alega como motivos o voto pela reprovação das contas do clube, falta de controle de fluxo de caixa, descumprimento da função e de obrigações no caso Matias Rojas

Em 2023… Rozallah Santoro explica política financeira do Corinthians para contratar jogadores

O presidente do Corinthians, Augusto Melo, pediu a expulsão do ex-diretor financeiro Rozallah Santoro, em ofício enviado ao Conselho de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo do clube. Pede a suspensão por um ano e desligamento do quadro social, obrigando-o a reparar “todo o prejuízo causado ao clube que soma mais de R$ 40 milhões”.

Entre os motivos alegados pelo presidente, estão o voto pela reprovação das contas do clube – durante o período em que Santoro fazia parte da diretoria -, o descumprimento da função de diretor financeiro e de obrigações no caso Rojas, além da falta de controle do fluxo de caixa e não entrega das contas, com publicação mensal das demonstrações financeiras no site.

Procurado pela reportagem, Rozallah Santoro ainda não se manifestou até o momento desta publicação.

Rozallah Santoro foi nomeado diretor financeiro do Corinthians por Augusto Melo. Entregou o cargo em junho de 2024 e atualmente é sócio e conselheiro trienal eleito, função que voltou a exercer após deixar a diretoria.

As contas do Corinthians de 2024 foram reprovadas pelo Conselho Deliberativo, com voto do ex-diretor, que defendeu a reprovação do mesmo período em que ele fazia parte da direção.

No ofício, o presidente acusa Rozallah de descumprir a função de diretor financeiro, alegando que ele “deixou de apresentar planos de longo prazo, orçamentos, previsões e iniciativas de redução de custos, alinhados com os objetivos do clube.”

A direção diz que a análise de contas da gestão 2023/2024 mostrou que o ex-diretor deixou de cumprir o acordo de cerca de R$ 1,7 milhão com o atleta Matias Rojas, mesmo tendo valores em caixa superiores a R$ 3,7 milhões.

O clube foi notificado no dia 28 de fevereiro de 2024 sobre a rescisão unilateral, gerando “um prejuízo financeiro de mais de 8 milhões de dólares, ou seja, mais de R$ 40 milhões”.