Aulas do novo Câmpus Aparecida da UFG começam nesta segunda-feira, 25

Com início nesta segunda-feira, 25, o segundo semestre letivo de 2023 da Universidade Federal de Goiás (UFG) vai marcar não apenas o retorno das aulas, mas também o início das atividades no novo Câmpus Aparecida de Goiânia, que após nove anos funcionando na Universidade Estadual de Goiás (UEG), passa a contar com sede própria, no Bairro Fazenda Santo Antônio.

A semana de acolhimento, organizada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), será repleta de atividades, começando na segunda-feira, às 8h30, com uma recepção especial para os estudantes que chegam de transporte público. O primeiro dia incluirá um momento cultural com a apresentação de talentos da FCT, seguido de uma visita à galeria de fotos “Histórico do Câmpus Aparecida UFG (CAP/UFG)” no saguão do Centro de Aulas.

O Câmpus Aparecida de Goiânia da UFG ocupa uma área de cerca de 500 mil metros quadrados, com um prédio de 7.400 metros quadrados distribuídos em seis pavimentos que abrigarão cursos, laboratórios, salas de aula, espaços administrativos e auditórios. Além disso, há uma segunda edificação destinada a áreas de convivência, alimentação e cantina.

A reitora Angelita externa sua gratidão à Universidade Estadual de Goiás por emprestar suas instalações para a FCT desde 2014, destacando a beleza do prédio da FCT no Câmpus Aparecida e a área circundante. “Nós temos que agradecer muito à UEG. É uma edificação muito bonita, com uma excelente concepção, em uma área que também é muito bonita, muito parecida com a do Câmpus Samambaia”.

Data simbólica

O evento, entretanto, não será a inauguração oficial, mas uma solenidade que marca o início de uma nova fase para o Câmpus Aparecida. A data de inauguração será definida posteriormente pela Reitoria da UFG. Quem explica é o diretor da FCT, Júlio Valandro. “Até aqui foi uma trajetória de muitos desafios, de conquistas importantes calcadas na coletividade, nas pessoas que hoje fazem o Câmpus Aparecida”, ressalta.

O Câmpus Aparecida atualmente oferece quatro cursos de graduação, incluindo Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia de Transportes e Geologia, com cerca de 600 estudantes de graduação, 65 docentes, 30 servidores técnico-administrativos, e programas de mestrado profissional em Engenharia de Produção e Administração Pública, com aproximadamente 100 mestrandos. Há planos de lançar um novo programa de mestrado em Geociências e expandir com o quinto curso de graduação em desenvolvimento.

O Câmpus Aparecida foi criado em 2012, graças aos esforços dos reitores Edward Madureira, Orlando do Amaral e Sandramara Matias Chaves. A infraestrutura tem sido um desafio ao longo do caminho, mas o sistema de segurança está operacional, com câmeras e equipe de segurança da SDH (Secretaria de Promoção da Segurança e Direitos Humanos da UFG) prontos para garantir um início seguro das atividades.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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