Aulas são suspensas em escola de Jaraguá após surto de coceira em 100 pessoas

Uma escola de Jaraguá está com aulas suspensas devido a um surto de coceira registrado nesta quinta-feira, 22. Cerca de 100 pessoas entre estudantes, professores e funcionários apresentaram sintomas que incluem ardência nos olhos e sensação de garganta se fechando. O grupo com reações mais graves foi encaminhado ao hospital da cidade.

 

O problema foi identificado em 10 das 12 turmas do Colégio Estadual Dr. Ornelo Machado. A suspeita é que a causa tenha sido pó-de-mico. Cinco alunos reclamaram para a diretora que estavam se coçando e, aos poucos, outros se queixaram do mesmo desconforto em questão de minutos. 

 

Nos casos mais graves foi necessária a medicação com antialérgico. O Corpo de Bombeiros evacuou o prédio, o local foi interditado pela Vigilância Sanitária municipal e as atividades serão retomadas apenas na próxima segunda-feira, 27. Peritos fizeram a coleta de material para a identificação da causa do surto de coceira. A Polícia Civil está atuando no caso que deve ser elucidado com a ajuda de imagens de câmeras de segurança.

 

Há um mês, cinco estudantes de uma escola estadual de Goiânia também apresentaram coceira e ficaram afastados das aulas por alguns dias após serem picados por piolhos de pombo. Alguns deles ficaram com caroços e feridas nas costas.  O problema foi causado pela presença do animal e um produto específico foi aplicado na instituição para afastar as aves do local. 

 

O pó-de-mico é um produzido através de um grupo de substâncias que causa coceira em contato com a pele. Ele também causa saliências e vermelhidão no corpo e irritação no nariz. Há risco de intoxicação grave, quando inalado.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp