A genética gaúcha da raça Holandesa vem tomando conta do Brasil. O interesse por exemplares criados no Rio Grande do Sul vem aumentando nos últimos tempos. Em grupos de criadores, muitos são os pedidos por animais que possam ir à venda para o Brasil Central. Destinos como Paraná, Minas Gerais, Goiás e até os Estados do Nordeste do País vêm demandando o gado dos gaúchos.
De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, historicamente pode-se dizer que muito da raça holandesa no Brasil saiu do Rio Grande do Sul. “Nos anos 70 e 80 muitos criadores do Paraná compraram no Estado e continuaram fazendo o melhoramento dos plantéis cuja base era de gado gaúcho”, recorda.
Segundo o dirigente, esta procura pela genética gaúcha foi reativada nos últimos tempos e tem acontecido de forma constante com a venda de novilhas e terneiras, comprovando que o Rio Grande do Sul é um dos grandes bancos genéticos da raça Holandesa. “Temos criadores tradicionais que trabalham com o que há de melhor na genética mundial e estas matrizes estão aqui. Muitos perceberam isto e por isso nosso gado tem esta colocação, principalmente agora que o produtor tem essa consciência da qualidade e sanidade e com isso se abriram as fronteiras para o nosso gado”, destaca.
Um dos exemplos é a Fazenda AZBS, de São Jorge (RS), que montou um centro de recria de Terneiras e Novilhas da Raça Holandesa, priorizando a qualidade e a genética do gado. A média de vendas anual tem sido de 600 exemplares e conta no portfólio com vendas para Estados do Centro-Oeste e Sudeste do país.