O estado do Rio Grande do Sul tem se deparado com um aumento preocupante nos casos de feminicídio nos últimos anos. Segundo dados divulgados pelo governo, o número de tentativas de feminicídio subiu 23% e mais de 13 mil mulheres sofreram lesões corporais nos nove primeiros meses de 2025. Esse cenário alarmante levou as autoridades a estudarem soluções inovadoras, como a utilização de inteligência artificial, para conter o avanço desses números.

Mas afinal, o que é feminicídio? Trata-se do assassinato de mulheres por questões de gênero, um crime que tem raízes na desigualdade e na discriminação. O aumento desses casos no Rio Grande do Sul tem mobilizado esforços para compreender suas causas e buscar formas mais eficazes de proteger as vítimas.

Durante o período de janeiro a setembro de 2025, 57 mulheres foram assassinadas no estado, um aumento em comparação ao ano anterior. As tentativas de feminicídio também cresceram, evidenciando a urgência de medidas preventivas. Diante desse cenário, uma proposta está sendo estudada para utilizar a tecnologia como aliada na proteção das mulheres.

A ideia é criar um sistema que integre dados de diferentes órgãos públicos, como saúde, desenvolvimento social e conselhos tutelares, para identificar sinais de violência que muitas vezes não chegam às autoridades competentes. Com isso, será possível antecipar riscos, mapear vítimas que não estejam no sistema de justiça e acionar alertas de risco para equipes de atendimento.

Além disso, a tecnologia permitirá acompanhar de forma contínua os casos de violência, identificar padrões que possam indicar situações de violência doméstica e agir preventivamente. A proposta visa fortalecer a rede de proteção existente, garantindo que as vítimas tenham condições de pedir ajuda com segurança e eficácia.

A secretária da Mulher do Rio Grande do Sul, Fábia Richter, destacou a importância de compreender a dinâmica dos casos de feminicídio para melhorar as estratégias de proteção. O objetivo é promover uma resposta mais eficaz diante dessa grave realidade, buscando formas inovadoras e tecnológicas de garantir a segurança e a liberdade das mulheres no estado.