Recentemente, casos de maus-tratos contra crianças em creches têm alarmado a população. De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os registros de ocorrências de maus-tratos aumentaram em 30,3% em 2023, totalizando 29.469 casos. Essas situações angustiantes têm ocorrido em diversas instituições de ensino infantil em todo território nacional.
Em Osasco (SP), um caso chocante chamou a atenção da mídia. A diretora de uma escola de educação infantil foi flagrada chacoalhando um bebê de 2 anos e forçando-o a ingerir um líquido. O comportamento agressivo foi gravado por uma funcionária indignada, levando à prisão da diretora por maus-tratos, lesão corporal e tortura.
No Rio de Janeiro (RJ), um menino de 4 anos com paralisia cerebral foi vítima de maus-tratos na creche em que estudava. O Ministério Público denunciou a escola por manter a criança isolada em uma cadeira por longos períodos, privando-a de sono e água. A mãe, Flávia Louzada, policial militar, só tomou conhecimento do ocorrido após uma denúncia anônima.
Em Goiânia (GO), um casal proprietário de uma creche foi denunciado por maus-tratos e tortura contra crianças. Relatos de ex-funcionários e pais revelaram que bebês eram deixados trancados em um quarto escuro, sem acesso adequado à alimentação e água. A creche foi fechada em 2024 e os proprietários foram indiciados pelas autoridades competentes.
Em Brasília (DF), uma creche foi alvo de 22 ocorrências registradas de abusos contra crianças de zero a três anos. A Polícia Civil realizou uma investigação que resultou no fechamento da instituição, devido às condições insalubres encontradas. O local apresentava infestação de baratas, problemas de higiene e sintomas graves de intoxicação alimentar em várias crianças matriculadas.
Esses casos são apenas alguns exemplos dos graves problemas de maus-tratos que têm acontecido no ambiente escolar infantil. É fundamental que as autoridades competentes estejam atentas e atuem de forma enérgica para garantir a segurança e integridade das crianças, protegendo os mais vulneráveis da sociedade. A denúncia e a conscientização da população são essenciais para combater essa realidade devastadora e garantir um ambiente seguro e saudável para todas as crianças do país.