A Polícia Militar de São Paulo matou 760 pessoas em 2024, segundo ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). O número representa um aumento de 65% em relação a 2023, quando 460 pessoas foram mortas por policiais militares no estado. Esses dados revelam uma reversão no movimento de queda da letalidade policial que vinha sendo observado nos anos anteriores. O relatório do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo, detalha as ocorrências de intervenção policial ao longo do ano de 2024.
O aumento nas mortes provocadas pela PM em 2024 levou a um total de 760 vítimas, o que representa mais de dois homicídios por dia. No ano anterior, essa média era de pouco mais de uma morte por dia. O mês mais letal do primeiro semestre foi fevereiro, com 84 mortes, durante a Operação Verão na Baixada Santista, que resultou em 56 vítimas somente no litoral paulista. Já o mês mais violento do ano ocorreu em outubro, com 86 mortes, período em que ocorreram as eleições municipais.
Casos emblemáticos chamaram a atenção para a gravidade da situação. Em novembro de 2024, um menino de 4 anos morreu ao ser atingido por uma bala perdida durante uma operação policial. Outros adolescentes foram baleados, resultando em mais uma tragédia causada pela ação da Polícia Militar. Em diversos incidentes, os policiais foram acusados de uso excessivo da força, resultando em mortes que poderiam ser evitadas.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que não compactua com excessos ou desvios de conduta por parte dos agentes, garantindo que casos de MDIP são rigorosamente investigados. Desde 2023, mais de 300 policiais foram demitidos e mais de 450 foram presos. A pasta também ressaltou que medidas estão sendo tomadas para reduzir a letalidade policial, incluindo investimento na capacitação do efetivo e aquisição de equipamentos menos letais.
Os dados preocupantes sobre a atuação da PM em São Paulo em 2024 geraram indignação e pedidos por investigações mais rigorosas sobre a conduta dos policiais. A população exige transparência e responsabilização dos envolvidos em casos de violência policial. É fundamental que as autoridades competentes garantam a segurança e a integridade dos cidadãos, agindo de acordo com os princípios da lei e dos direitos humanos.