Festivais como esse são lugares que nasci para estar’, diz Dilsinho sobre Planeta Atlântida 2025
Em entrevista ao DE, cantor falou sobre carreira, público e paternidade. Artista sobe ao palco no segundo dia de evento, em 1º de fevereiro.
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Dilsinho sobre Planeta Atlântida: ‘Festivais como esse são lugares que nasci para estar’
Direto dos barzinhos cariocas, Dilsinho encontrou o seu espaço nos maiores palcos do Brasil. Com uma carreira que mistura pagode, pop e colaborações diversas, o cantor se prepara para mais uma apresentação DE 2025, onde promete um repertório recheado de sucessos.
“Tocar em festivais como esse são os lugares que nasci para estar, sabe? Então eu fico feliz de estar mais um ano podendo entregar música para a galera, levar um pouco de diversão, ainda mais depois desse ano conturbado que teve o Sul do país”, diz o artista, que já participou de grandes eventos como Rock in Rio Lisboa e Samba Brasil.
Celebrando 10 anos de carreira, esta será a terceira vez que o cantor marcará presença no maior festival de música do Sul do Brasil, que acontece nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, na Saba, na Praia de Atlântida, no Litoral Norte do RS.
Dilsinho se apresenta no sábado (1º), mesmo dia que atrações como Matuê, Natiruts e Armandinho. Para o músico, eventos como o Planeta representam o ápice de sua versatilidade artística:
“Quando a gente subiu no palco e cantou [pela primeira vez], parecia que a gente já tinha tocado todos os anos, essa receptividade faz a gente muito bem”, revela.
CARREIRA
Natural da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, Dilsinho desenvolveu uma identidade musical marcada pela mistura de estilos.
“Dilsinho é uma mistura de tudo que ele ouviu, e eu sempre ouvi um pouco de tudo”, diz.
“Lá a gente tinha que tocar um pouco de tudo. Fui trazendo essa característica para a identidade musical do meu trabalho e comecei a juntar um pouco a sonoridade das coisas que eu fui vivendo no barzinho antes de gravar os meus primeiros projetos, antes de gravar as minhas primeiras músicas. Fui entendendo quem era o Dilson nesse processo de conseguir misturar o cavaco junto com o violão de aço, por exemplo”, explica o cantor.
Segundo ele, essa pluralidade é refletida em colaborações com nomes de diferentes gêneros, como Jota Quest e Ana Castela:
“Gravei uma música com a Ana Castela, que foi a primeira vez dela cantando com um artista de pagode, e isso a gente consegue trazer um encontro dos nossos públicos”, reflete.
A “boiadeira”, como é conhecida a sertaneja, também está confirmada na line-up do Planeta Atlântida 2025. A jovem sobe ao palco principal na sexta-feira (31).
O PÚBLICO DO SUL
Dilsinho revela que tem um carinho especial pelo público do Sul, que, de acordo com ele, vai além das músicas de trabalho.
“É um público que não ouve só música de trabalho. É um público que conhece o seu álbum, que conhece a sua história, que, quando ouve falar de você, vai procurar coisas suas de carreira, lá de trás, outros álbuns. Eu sempre percebi essa educação da galera do Sul desde o começo da minha carreira; é um lugar que eu sempre vou todo ano”, conta.
Dilsinho no Planeta Atlântida — Foto: g1 RS
Para ele, o Planeta Atlântida é um festival que representa essa diversidade.
“É um público que monta justamente a sua playlist, que ouve Dilsinho, Sorriso Maroto, mas também ouve Jota Quest, Luísa Sonza, Matuê, que também ouve Ana Castela e Luan Santana”, comenta.
Sucessos como “Refém”, “Péssimo Negócio” e “Libera Ela” estão garantidos no setlist, além de músicas mais recentes.
“Se eu não tocar, a galera sente falta. Então, acaba sendo um show dos meus sucessos desses primeiros 10 anos”, revela.
PATERNIDADE
Dilsinho também reflete sobre como a música é influenciada por momentos pessoais. Hoje, a sua primeira filha, Bella, de apenas três anos, é “termômetro” para avaliar suas músicas.
“Coloco [a música] no carro e se ela começar a cantar ou pedir pra colocar de novo, eu já sei que aquela ali é uma música que tem um caminho”, brinca.
Agora, com a chegada do segundo filho, ele vive uma nova fase de expectativas e emoções. O cantor espera ansioso o novo membro da família com Beatriz Ferraz.
“Parece que a gente já sabe tudo, parece que a gente já sabe como reescrever e como fazer, mas quando vai chegando perto, a cabeça já começa a embaralhar de novo, aquele nervosismo, o coração pulsando mais forte”, lembra.