Nos últimos dias, os usuários do metrô do Rio de Janeiro têm reclamado de problemas nas estações, às vésperas de um aumento na tarifa. A partir deste sábado, o valor da passagem passará de R$ 7,50 para R$ 7,90, tornando o serviço ainda mais caro para os passageiros. Esse aumento de 5,33% foi autorizado pela Agetransp, a agência reguladora de transportes, com base na variação do IPCA nos últimos 12 meses. Essa mudança vem gerando críticas por parte dos usuários, que consideram a tarifa do metrô do Rio a mais cara do país.
Em comparação com outras cidades, a situação para os passageiros cariocas é ainda mais desvantajosa. Em locais como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife, as tarifas são significativamente mais baixas do que no Rio de Janeiro. Essa discrepância se deve à falta de subsídios no metrô carioca, o que impacta diretamente no bolso dos usuários. Guilherme Ramalho, diretor-presidente do metrô, explicou que, embora a tarifa seja a mais alta, na verdade, a tarifa regulatória é a mais barata do Brasil, por conta da ausência de subsídios.
As queixas dos usuários vão desde a falta de acessibilidade em algumas estações, principalmente na Linha 2, até a lotação dos vagões nos horários de pico. Professores, aposentados, diaristas e assistentes financeiros relatam problemas como escadas rolantes em manutenção constante, elevadores fora de serviço e dificuldades de locomoção. Para quem depende diariamente do transporte público, esses problemas tornam a experiência de utilizar o metrô ainda mais desgastante.
Para amenizar o impacto do aumento para alguns usuários, a tarifa social continuará sendo de R$ 5 para pessoas entre 5 e 64 anos que ganham até R$ 3.205,20 por mês. Contudo, o aumento levou um grupo de manifestantes a protestar durante uma cerimônia na Estação Gávea, com cartazes que criticavam o valor da nova tarifa. O Tribunal de Contas do Estado realizou um estudo sobre o reajuste da tarifa e deu prazo para que órgãos responsáveis se manifestem sobre a questão.
Diante das críticas e dos problemas apontados pelos usuários, o MetrôRio enfatiza que todas as estações possuem equipamentos de mobilidade e acessibilidade, como determina a legislação. Ainda assim, as reclamações persistem e demonstram a insatisfação dos passageiros com o serviço oferecido. Com um novo contrato em fase de finalização, a expectativa é que a criação de uma “Tarifa RJ” leve em consideração os cenários da população da Região Metropolitana e possibilite uma redução do valor da passagem. Enquanto isso, os passageiros continuam enfrentando desafios no dia a dia do transporte público no Rio de Janeiro.