A cada 17 horas, uma mulher foi assassinada em razão do gênero em 2024
O número de mulheres assassinadas devido ao gênero aumentou 12,4% nos estados
monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança
A violência contra a mulher continua sendo um problema alarmante no Brasil. De
acordo com o relatório “Elas Vivem: um caminho de luta”, divulgado pela Rede de
Observatórios da Segurança [https://observatorioseguranca.com.br/] nesta
quinta-feira (13/3), foram registrados 4.181 casos de violência contra mulheres
[https://www.de/violencia-contra-a-mulher] nos nove estados
monitorados (AM, BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP) em 2024. Esse número representa
um crescimento de 12,4% em relação ao ano anterior.
Além disso, o estudo aponta que 531 mulheres foram vítimas de feminicídio nesses
estados, o que significa que, a cada 17 horas, uma mulher foi assassinada em
razão do gênero.
Em 70% dos casos, o agressor foi o parceiro ou ex-parceiro da vítima
[https://www.de/tag/vitima]. O estudo também aponta que, em 75,3%
dos casos, os crimes foram cometidos por pessoas próximas, o que evidencia o
caráter doméstico da maioria das violências fatais contra mulheres.
TIPOS DE VIOLÊNCIA
A violência de gênero se manifesta de diferentes formas e atinge diversos
perfis. O Amazonas [https://www.de/tag/amazonas], que foi incluído
no monitoramento neste ano, chamou atenção pelos altos índices de violência
sexual, com 84,2% das vítimas tendo entre 0 e 17 anos. Além disso, o estado
registrou dois casos de transfeminicídio.
Já São Paulo [https://www.de/sao-paulo] foi o estado com mais
registros de violência contra a mulher, com 1.177 casos, enquanto Pernambuco
liderou em mortes de mulheres (feminicídio, transfeminicídio e homicídio) no
Nordeste, com 167 vítimas. No Maranhão, a violência cresceu 87,1% em relação a
2023, sendo um dos estados com maior aumento nos registros.
Outro dado alarmante é o crescimento de 22,1% nos homicídios de mulheres em
comparação com o ano anterior (exceto no Amazonas). O relatório também revelou
que o Rio de Janeiro [https://www.de/tag/rio-de-janeiro] lidera em
casos de violência contra mulheres cometidos por agentes do Estado, com 64
ocorrências.
“Apesar de importantes avanços ao longo dos anos com a institucionalização dos
mecanismos de proteção às mulheres, como as Delegacias Especializadas de
Atendimento à Mulher (DEAMs), a Lei Maria da Penha e a tipificação do
feminicídio como crime – que deveriam estar mais consolidados e dotados de
melhores condições de funcionamento –, a violência contra mulheres e o
feminicídio continuam sendo uma realidade alarmante em nosso país”, disse Edna
Jatobá, que assina o principal texto desta edição do relatório.
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