Aumento de 25,8% em incêndios com lareiras no RS alerta para cuidados no uso de aquecedores no inverno.

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Ocorrências de incêndios com lareiras aumentam mais de 25% no RS em 2025, dizem bombeiros

O número de ocorrências de incêndio envolvendo lareiras no Rio Grande do Sul cresceu 25,8% em 2025, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar. Foram 112 registros até o início de julho, contra 89 no mesmo período do ano passado. Os especialistas alertam para os riscos e boas práticas no uso de aquecedores durante o inverno.

Durante o período de temperaturas mais baixas, o uso de equipamentos de aquecimento se intensifica, o que requer precaução. Recentemente, a explosão de uma lareira ecológica em Taquara causou um incêndio e destruiu dois cômodos de uma residência. Em outro incidente, o ex-zagueiro Lúcio sofreu queimaduras após um acidente com uma lareira ecológica na casa de amigos no Distrito Federal.

Segundo o 1º tenente Vagner Silveira da Silva, da Academia de Bombeiro Militar do RS, o uso de qualquer tipo de aquecedor exige atenção especial, pois qualquer fonte de calor combinada com combustível pode originar um incêndio fora de controle humano, o que é um perigo. Ele destaca a importância de utilizar extintores de incêndio classe B ou abafar a chama para cortar o oxigênio em caso de incêndio em lareiras do tipo ecológica.

Além disso, Silveira da Silva recomenda comprar equipamentos em lojas confiáveis, manter lareiras afastadas de materiais combustíveis, como tecidos e móveis, aguardar pelo menos 30 minutos antes de reabastecer, evitar o uso de álcool comum de posto, entre outras medidas preventivas. Também é essencial manter o ambiente ventilado ao usar a lareira e nunca dormir com ela acesa, além de manter crianças e animais de estimação longe do equipamento.

O engenheiro civil e de segurança do trabalho Demétrio Neto explica que o uso de lareiras ecológicas, conhecidas como lareiras a álcool ou biolareiras, requer cuidados específicos. Elas funcionam a partir da queima de álcool, produzindo chamas reais sem gerar fumaça ou resíduos, facilitando a instalação em ambientes residenciais. No caso das lareiras tradicionais, é indicado o uso de grades de proteção para evitar acidentes com brasa.

Já em relação ao tratamento de queimaduras, uma nova tecnologia utilizando a membrana amniótica, camada da placenta descartada após o parto, foi aprovada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como curativo biológico. Essa técnica, que começou a ser estudada após a tragédia da Boate Kiss em 2013, visa agilizar o tratamento de vítimas de queimaduras, ampliando os estoques no inverno, período de maior risco. O Banco de Tecidos da Santa Casa de Porto Alegre será um dos responsáveis pelo armazenamento desse material e disponibilizará a membrana a partir de setembro.

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