Aumento de 44,2% nos casos de dengue no Amazonas em 2024: dados e medidas de prevenção

O estado do Amazonas registrou um aumento de 44,2% nos casos de dengue em 2024, em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) no último boletim epidemiológico publicado na quinta-feira (26). Além disso, cinco óbitos causados pela doença foram registrados neste ano, segundo a FVS-RCP. Este ano também marcou o primeiro caso confirmado de dengue tipo 3 no estado nos últimos 15 anos.

Enquanto em 2023 o estado contabilizou 5.204 casos confirmados, em 2024 o número subiu para 7.507. Esse total abrange os casos registrados desde o dia 1º de janeiro até 26 de novembro. Os municípios com os maiores números de casos confirmados até essa data eram Manaus, com 2.473 casos, Lábrea, com 679 casos, e Envira, com 661 casos de dengue.

A FVS-RCP realiza o monitoramento das arboviroses no Amazonas por meio do Plano de Preparação, Vigilância e Resposta para Dengue, Zika e Chikungunya. Além de suporte técnico, capacitações técnicas virtuais e presenciais, a FVS-RCP entrega equipamentos, como veículos e inseticidas, aos municípios. Os próprios moradores podem contribuir com a prevenção da dengue em casa, tomando medidas como esvaziar garrafas PET, potes e vasos, guardar pneus em locais cobertos, fazer a limpeza das calhas, manter reservatórios de água bem fechados, colocar areia nos pratos de vasos de planta, amarrar sacos de lixo e evitar acumular sucatas e entulhos.

O aumento nos casos de dengue no Amazonas levanta questões sobre os fatores que motivaram esse crescimento no estado. O G1 questionou a FVS-RCP sobre esses aspectos, bem como a cobertura vacinal do público-alvo no Amazonas, e aguarda uma resposta. Além disso, a esporotricose humana também foi um problema registrado na região em 2024, com mais de mil casos confirmados. Outro incidente foi o acidente aéreo que resultou em duas mortes, evidenciando irregularidades na documentação da aeronave.

É fundamental que a população e as autoridades estejam atentas para combater a proliferação da dengue e outras doenças, seguindo as recomendações de prevenção e atuando de forma conjunta para garantir a saúde pública. A FVS-RCP continua seu trabalho de vigilância e resposta, fornecendo suporte técnico e equipamentos aos municípios, enquanto os moradores também desempenham um papel crucial na prevenção dessas doenças nas residências. Juntos, é possível reduzir os casos de dengue e promover um ambiente mais saudável para todos.

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Investigação aponta intoxicação alimentar em morte de cavalos no Amazonas: 22 equinos já foram vítimas, suspeitas de feno contaminado.

Ao menos 22 cavalos perderam a vida no Amazonas desde 1º de janeiro, apresentando sintomas semelhantes que levantaram suspeitas de intoxicação alimentar por feno contaminado. A investigação teve início após a morte de dez cavalos na capital entre sábado (4) e segunda-feira (9). A mãe do dono dos animais relatou as mortes atribuídas à intoxicação em um haras em Manaus.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou o ocorrido na manhã de quinta-feira (9), apontando para a possível causa das mortes como sendo a intoxicação alimentar. Os casos foram registrados no Haras da Nilton Lins e em uma chácara no bairro Tarumã, ambas em Manaus, além de duas mortes em Presidente Figueiredo. Outros cavalos doentes também foram reportados, mas sem divulgação da quantidade.

Guilherme Torres, delegado adjunto da PC-AM, destacou a possibilidade de intoxicação decorrente do fornecimento de alimentação por uma empresa não identificada. A investigação envolveu a verificação das condições de produção, armazenamento e distribuição do feno, além da realização de necropsias nos animais e análise do alimento suspeito em busca de substâncias tóxicas.

As ações em curso incluem a realização de perícia nos locais das mortes, a notificação e oitiva dos proprietários dos animais e demais responsáveis pelos haras, além da análise minuciosa dos pontos de fornecimento da alimentação. A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo e a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas seguem no esforço conjunto de investigação.

Donos de cavalos do Haras da Nilton Lins foram impactados pelas mortes e doenças dos animais, com casos de rápido emagrecimento e falta de apetite. Medidas de tratamento com soro foram adotadas, mas a morte de mais seis equinos foi registrada até terça-feira (7). A Universidade Nilton Lins, responsável pelo haras, afirmou agir rapidamente ao identificar os sintomas nos animais, visando proteger o restante e controlar a situação.

Os relatos de enterros irregulares dos cavalos mortos no terreno do Haras Nilton Lins causaram revolta entre os donos, que denunciaram a falta de critérios sanitários. Imagens mostram os animais sendo deixados em covas no local. As investigações seguem para esclarecer os fatos e responsabilidades diante da trágica situação envolvendo a morte de cavalos em Manaus.

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