Reajuste de 5% nas tarifas de serviços funerários e cemiteriais provoca reclamações de moradores do DF
Moradores do Distrito Federal reclamam do reajuste de 5% nas tarifas de serviços cemiteriais, aprovado pela Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal. A principal queixa é a qualidade dos serviços oferecidos na capital (veja detalhes abaixo).
O aumento está valendo desde esta segunda-feira (28), conforme publicação no Diário Oficial do DF. Atualmente, por meio de concessão, a concessionária Campo da Esperança é responsável pela gestão de seis cemitérios: Asa Sul, Planaltina, Sobradinho, Taguatinga, Gama e Brazlândia.
A principal queixa dos moradores do DF em relação aos cemitérios é a qualidade dos serviços oferecidos. Aberturas e pequenos buracos em túmulos, peças quebradas, lixo, túmulos sem cuidado mesmo com o pagamento da taxa de manutenção são algumas das reclamações frequentes.
> “É com surpresa e até indignação que a gente recebe a notícia do aumento das taxas. Os cemitérios estão abandonados, é um descaso”, afirma Beatriz Caparelli.
> “É com imensa indignação que eu vejo esses aumentos nas tarifas de manutenção do Campo da Esperança. Os cemitérios estão abandonados, sujos; túmulos quebrados e por vezes violados. Seria interessante o GDF fazer uma fiscalização nos cemitérios e também na administração”, diz Lucas Evangelista.
> “Há 40 anos, eu vou no túmulo do meu pai, da minha filha e do meu irmão, e o cemitério está cada dia pior. Gramas altas, os túmulos com as lápides quebradas. Serviço nota zero”, conta Antônio Bispo.
No início deste ano e em 2024, alguns casos de erosão foram registrados em cemitérios do DF. Parte do chão cedeu e três túmulos se abriram em janeiro deste ano. Não havia pessoas passando pelo local, portanto ninguém ficou ferido. À época, a Campo da Esperança disse que as causas da erosão estavam sendo analisadas e que a área foi isolada para reparos.
Dois túmulos se abriram durante a celebração do Dia de Finados, que reuniu milhares de pessoas no local. A Campo da Esperança disse, à época, que a erosão foi “totalmente reconstruída com placas de concreto e revestimento de grama” e afirmou que fez inspeção nas áreas próximas.
Uma mulher caiu em uma cova enquanto limpava o túmulo de um parente em outubro de 2024. Ela foi atendida por um bombeiro. A administradora dos cemitérios do DF afirmou que “esse tipo de acidente é raro, mas pode acontecer nessa época de chuva, quando o solo está mais úmido”.
Em janeiro de 2024, um terreno cedeu durante um enterro no Campo da Esperança de Taguatinga e 10 pessoas caíram dentro da cova. Cinco ficaram feridas no acidente. À época, a empresa administradora dos cemitérios explicou que “o chão cedeu pelo peso”.
Leia mais notícias sobre a região no DE.