O estado do Rio de Janeiro vem enfrentando um aumento preocupante no número de acidentes envolvendo animais venenosos em 2025. Recentemente, um trágico incidente chocou a população: um menino de apenas 13 anos, identificado como Miguel de Jesus Silva, faleceu após ser picado por uma cobra. A família do adolescente alega que o Hospital Municipal São Francisco Xavier, onde ele foi atendido, não possuía soro antiofídico no momento do ocorrido.
Após o falecimento de Miguel, seu corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Itaguaí. A mãe do jovem, Renata Gomes, expressou sua angústia e indignação com a falta de recursos no hospital, afirmando que trocaria sua vida pela do filho se fosse possível. Segundo a família, o soro antiofídico não foi disponibilizado a tempo, o que contribuiu para a tragédia.
O Hospital Municipal São Francisco Xavier contradiz as declarações da família, alegando que Miguel foi atendido de acordo com os protocolos para acidentes com animais peçonhentos. A unidade afirmou que o soro antiofídico foi obtido no Hospital Pedro Segundo, em Santa Cruz, porém, infelizmente, o adolescente não resistiu ao veneno.
Apesar de não haver uma obrigação formal para os hospitais municipais de manterem estoque do soro antiofídico, uma lei estadual sancionada recentemente determina que todas as unidades de saúde e parques florestais do estado disponibilizem o medicamento. O aumento no número de casos de acidentes com animais venenosos em 2025 tem preocupado as autoridades de saúde, com mais de 3 mil ocorrências registradas até setembro, representando um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
As aranhas foram os principais responsáveis pelos acidentes deste ano, com 36% dos casos, seguidas dos escorpiões com 25% e cobras com 16%. Infelizmente, foram registradas 9 mortes até setembro, com outros casos em investigação. O Rio de Janeiro lidera o ranking de notificações, seguido por Petrópolis, Nova Friburgo, Rio das Ostras e Resende. É fundamental que as autoridades e unidades de saúde estejam preparadas para lidar com esse aumento de ocorrências e garantir o acesso rápido ao tratamento adequado em casos de emergência.




