Aumento de doenças respiratórias preocupa especialistas

Apesar da queda sustentada no número de casos registrados de dengue em Goiás, o número de internações ainda é motivo de preocupação para a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, explica que enquanto as internações e óbitos por dengue ainda são verificados, os casos de gripe por Influenza têm aumentado.

“A gente começa a ter um período de intersecção de casos de dengue e doenças respiratórias. Estamos com duas doenças, uma começando a cair, mas ainda em grande número, e outra começando a subir. Precisamos redobrar os cuidados principalmente com os grupos mais vulneráveis: idosos, crianças, gestantes e puérperas”, reforça Flúvia.

Goiás registra até o momento 137.728 casos confirmados de dengue, com 156 mortes confirmadas e outras 163 em análise pelo Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses. As últimas semanas foram marcadas por redução de cerca de 22% no diagnóstico entre as semanas 12 e 15 deste ano. Já em relação às internações, desde o início do ano até maio são 2.878 registradas, enquanto que no mesmo período de 2023 foram 231 internações por dengue nas unidades estaduais.

Os números de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também preocupam a SES. Neste ano, 2.559 casos foram registrados, sendo 161 por influenza e 480 por covid-19. A maioria dos casos de SRAG em 2024 está entre crianças menores de 2 anos (1.056) e entre idosos com mais de 60 anos (557). Atualmente a cobertura para a vacina influenza entre os grupos prioritários em Goiás é de 23,45% e no Brasil chega a 28,51%.

Vacinas

Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a liberação da vacina da Influenza para o público geral. O imunizante, que antes era restrito a grupos como gestantes, puérperas, adultos com mais de 60 anos, crianças menores de seis anos de idade e indivíduos com comorbidades ou condições clínicas especiais – entre estes, cardiorrespiratórias, com obesidade mórbida, diabetes, imunossuprimidos, entre outros – agora está disponível a toda a população acima de 6 meses.

O Estado recebeu 952 mil doses da vacina de influenza. Elas já foram distribuídas aos municípios goianos, que estão abastecidos e preparados para imunizar a população nas mais de 900 salas de vacinação de Goiás. Já em relação à vacina contra a dengue, das 158.505 doses recebidas do Ministério da Saúde, Goiás conseguiu aplicar mais de 157 mil doses. O Estado recebeu uma nova remessa da Qdenga, com cerca de 61 mil doses na última terça-feira ,30. A distribuição do imunizante para as 18 regionais de saúde começou na quinta-feira ,2, e será destinada ao público de 6 a 16 anos nos 246 municípios goianos.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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