Aumento de internações por síndromes gripais em crianças no DF: UTIs registram 35% a mais de casos

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Internações por síndromes gripais em crianças sobem 23% no DF; UTIs têm 35% a mais de casos

De acordo com Secretaria de Saúde, ‘alta já era esperada por causa da sazonalidade das doenças respiratórias’.

1 de 1 Criança recebe vacina contra gripe, em imagem de arquivo — Foto: Carlos Bassan

O número de crianças internadas com síndromes gripais no Distrito Federal disparou no início deste ano. De janeiro a março de 2025, 3.044 crianças e adolescentes até 14 anos precisaram de atendimento em enfermarias da rede pública; No mesmo período do ano passado foram 2.456 crianças e adolescentes — um aumento de 23%; Nas UTIs, o crescimento foi ainda maior de um ano para outro: 35% a mais de casos, com total 533 internações.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a alta já era esperada por causa da sazonalidade das doenças respiratórias, que costuma ocorrer entre janeiro e junho. As doenças podem ser causadas por vários microrganismos, como bactérias, vírus e fungos. A consequência são infecções das vias aéreas como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites.

CUIDADOS

A pneumologista pediátrica Luciana Monte, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, destacou a importância da prevenção, com vacinação e cuidados no dia a dia. “Evitar ter contato com pessoas que estiverem grávidas, com sintomas virais. Evitar sair de casa, ou pelo menos usar máscara, aglomerações com bebezinhos. Idosos não devem ficar aglomerados. E também incentivar a amamentação, hábitos saudáveis de vida e o sono adequado”, disse.

A vacinação contra a gripe está disponível na rede pública. Além disso, o DF começou, em fevereiro, a aplicar o palivizumabe — medicamento que previne vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite e de outras infecções graves em bebês e crianças pequenas —, na Policlínica do Gama.

DIFICULDADE DE ATENDIMENTO

A emergência do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) ficou lotada na tarde desta quarta-feira (23). O cozinheiro Elbis Daniel procurava ajuda para a filha Sofia, de dois anos, com crise respiratória agravada pela asma. “Viemos ontem e hoje também porque eles falaram que não ia ter atendimento. A gente foi no posto de saúde, foi na UPA e foi no HRAN. Eles mandarama gente vir para cá e ainda nada”, disse.

Dienifer da Costa também peregrinou atrás de atendimento para a filha Júlia, de sete anos. “Eu fui para a UPA de São Sebastião. Lá eles me falaram que só iam atender a minha filha se ela estivesse morrendo. Também quando chegamos aqui, falaram que era só pulseira vermelha”.

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