Os juros longos tiveram um aumento significativo influenciado por diversos fatores, como o clima externo, as notícias relacionadas ao aspecto fiscal do país e o Boletim Focus. Houve uma sessão bastante volátil nesta terça-feira, com os vencimentos curtos apresentando tendência de baixa e os de longo prazo registrando alta.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou a 14,720%, enquanto o DI para janeiro de 2027 fechou em 14,18% e o DI para janeiro de 2029 ficou em 14,08%. A oscilação do dólar teve impacto limitado na curva interna de juros, com maior influência na ponta curta no início das negociações, devido ao alívio nas expectativas de inflação de curto prazo conforme indicado pelo Boletim Focus.
A projeção do IPCA para os próximos 12 meses caiu ligeiramente para 4,95%, abaixo dos 5% esperados anteriormente. Já a mediana para 2025 apresentou uma redução de 5,65% para 5,57%, ainda distante do teto da meta estabelecida em 4,50%.
Durante a tarde, as taxas curtas se estabilizaram devido a declarações do presidente do Banco Central sobre inflação e atividade econômica. O economista-chefe da Equador Investimentos ressaltou a preocupação com o crescimento econômico acima do esperado, sugerindo um possível aumento na taxa básica de juros.
Em audiência no Senado, Galípolo chamou a atenção para a inflação acima da meta, destacando que a taxa de juros precisa permanecer em nível elevado para frear a economia. Os vencimentos longos continuaram acompanhando o cenário externo e as notícias fiscais.
A Treasury nos EUA apresentou alta significativa, impactando parcialmente o mercado brasileiro. Internamente, a repercussão da LDO gerou mau humor, enquanto o TCU identificou práticas “heterodoxas” na condução das contas públicas durante o governo Lula. O Tesouro tem emitido dívida a taxas elevadas, afetando a curva de juros e gerando preocupações futuras para a gestão das finanças públicas.