Aumento de Medicamentos Contrabandeados em Rodovias Federais: Alerta da PRF e Anvisa

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Aumenta número de medicamentos contrabandeados em rodovias federais; maioria das
apreensões foram no Paraná

Dados são da PRF e foram colhidos no período de janeiro a setembro. Policiais
perceberam que contrabandistas têm focado no produto recentemente. Médico alerta
para perigo de tratamentos com substâncias sem procedência.

Anvisa proíbe três marcas de canetas emagrecedoras e reforça fiscalização
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Anvisa proíbe três marcas de canetas emagrecedoras e reforça fiscalização

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu nas rodovias federais 79.355
remédios contrabandeados, sem nota fiscal e falsificados, entre janeiro e
setembro de 2025. Deste número, 38 mil foram no Paraná – representando 47.89%.

No mesmo período de 2024, o estado registrou 13.711 apreensões do mesmo produto
pela PRF, mostrando um aumento de 177,15% em um ano.

Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o policial rodoviário
federal João Barioni explicou que traficantes de drogas e contrabandistas – que
entravam no Brasil com cigarros, por exemplo – migraram para o contrabando e
para a falsificação de medicamentos.

Os policiais conseguem perceber que trata-se de uma falsificação com a análise
do rótulo e da embalagem. Uma das formas é observar se a caixa do medicamento
possui o espaço metálico que, ao ser raspado, precisa revelar o símbolo do
laboratório.

Em casos de contrabando, o medicamento pode ser escondido em partes de veículos
para uma tentativa de ocultação. Neste ano, a PRF apreendeu ampolas e canetas de
tizerpatida – substância indicada para o controle da diabetes tipo 2, mas que
também é usada para emagrecimento – em panelas elétricas e caixas de som, por
exemplo.

Ampolas de medicamentos usados para emagrecimento escondidas em caixa de
som e panela elétrica — Foto: PRF

> “O que acontece hoje é que as pessoas vão até o Paraguai, ou qualquer outro
> país estrangeiro, e trazem uma quantidade para a destinação comercial”, explica
> Reginaldo Cardoso, delegado da Receita Federal em Londrina.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a importação é
permitida, mas é necessário seguir exigências, como apresentação de prescrição
médica emitida por um profissional habilitado.

Quando a compra não segue as normas e os produtos são apreendidos, os
medicamentos são levados aos depósitos da Receita Federal. Em seguida, são
incinerados.

Alexandre Carrilho, médico endocrinologista, explica que a aplicação ou ingestão
de medicamentos sem procedência pode comprometer o tratamento e oferecer risco à
saúde.

> “Não tem como a gente saber, na realidade, que substância está contida naquela
> caneta que está sendo vendida com o nome de tizerpatida. E
> o indivíduo vai tomar medicação e provavelmente não terá o efeito
> desejado”, o médico detalha.

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