Em cinco anos, o número de medidas protetivas em Presidente Prudente cresceu exponencialmente, de acordo com um levantamento do Conselho Nacional de Justiça. Esse avanço expressivo é resultado do fortalecimento da rede de apoio às vítimas de violência, bem como do aumento das denúncias. O Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher traz um alerta sobre a necessidade de combater esse tipo de crime de forma efetiva e abrangente.

Entre 2020 e 2024, as medidas protetivas expedidas pela Justiça em Presidente Prudente tiveram um aumento de 86,6%. Esse crescimento é reflexo não apenas do aumento das ocorrências, mas também da ampliação da rede de acolhimento e do incentivo para que as vítimas denunciem os casos de violência contra a mulher. Os números falam por si: em 2020 foram expedidas 624 medidas, enquanto em 2024 esse número subiu para 1.841.

Os dados dos últimos cinco anos mostram uma progressão constante no número de medidas protetivas concedidas em Presidente Prudente. Em 2021, o total foi de 987; em 2022, de 1.360; em 2023, de 1.449; e em 2024, de 1.841 medidas. Até agosto de 2025, já foram registradas 1.394 medidas protetivas. Essa evolução nos números reflete um aumento tanto da conscientização da população quanto da efetividade das medidas de proteção.

Uma das iniciativas importantes na cidade é o projeto “OAB por Elas”, liderado pela advogada Lídia Cornetti. Esse projeto oferece orientação jurídica gratuita e suporte emocional para as mulheres que enfrentam situações de violência doméstica. Com um atendimento humanizado, as vítimas são encaminhadas para a rede de apoio, onde recebem orientações jurídicas e psicológicas, se necessário.

O projeto “OAB por Elas” conta com advogadas voluntárias, integrantes das comissões da Mulher Advogada e de Defesa dos Direitos das Vítimas de Violência Doméstica e Crimes Sexuais, além de acadêmicas de Psicologia. O atendimento ocorre semanalmente na Delegacia de Defesa da Mulher. Além disso, a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Presidente Prudente é composta por órgãos públicos e entidades civis que atuam em conjunto para oferecer um suporte 24 horas por dia.

É fundamental que casos de risco iminente sejam comunicados imediatamente à Polícia Militar pelo telefone 190. As denúncias e os pedidos de medidas protetivas podem ser feitos diretamente na Delegacia da Mulher, sem a necessidade de um advogado. O combate à violência contra a mulher é um esforço coletivo que demanda a participação de toda a sociedade para garantir a segurança e o bem-estar das vítimas.