Aumento nas Contas de Água no Rio de Janeiro: Consumidores Buscam Soluções Justas

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Os consumidores de água no Rio de Janeiro estão enfrentando um aumento nas contas que está gerando insatisfação. Segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), as concessionárias responsáveis pelo abastecimento alteraram a metodologia de cobrança, resultando em um novo cálculo baseado na multiplicação da tarifa mínima pelo número de unidades, em vez de um valor único pelo hidrômetro do condomínio. Essa mudança tem impactado especialmente os condomínios comerciais, principalmente no Centro da cidade.

Diante desse cenário, a Abadi e o Sindicato de Habitação do Rio (Secovi Rio) enviaram um ofício à Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) solicitando uma reavaliação do modelo tarifário aplicado pelas concessionárias. O documento destaca que os aumentos nas faturas têm sido exponenciais e pede a adoção de uma cobrança desvinculada da presunção de consumo mínimo. A Agenersa, por sua vez, afirma que está discutindo alternativas ao modelo tarifário atual e que irá analisar o tema na próxima revisão tarifária prevista para 2026.

Moradores de condomínios comerciais e residenciais têm relatado aumentos significativos nas contas de água, o que tem gerado preocupação e impacto financeiro. Alguns síndicos têm buscado soluções para tentar entender e reduzir esses custos extras, como a realização de vistorias para identificar vazamentos e ajustes nos sistemas de consumo de água. Além disso, alguns condomínios estão organizando reuniões com advogados para buscar orientações sobre a situação e possíveis medidas a serem tomadas.

Em meio a essas reclamações, a Águas do Rio e outras concessionárias garantem que não houve mudanças nos valores das contas nem na forma de cobrança desde a concessão. Segundo as empresas, o modelo tarifário atual foi validado pelo Superior Tribunal de Justiça e segue as normativas estabelecidas. No entanto, um termo de conciliação foi firmado entre a concessionária e o Governo do Estado para um ajuste contratual que impede o aumento da tarifa de água para os consumidores. Em paralelo, tanto a Águas do Rio quanto a Iguá Saneamento foram flagradas utilizando medidas punitivas contra usuários inadimplentes nas saídas de esgoto, o que está sendo investigado pelas autoridades.

Diante desse cenário de aumento nas contas de água e mudanças no modelo tarifário, consumidores e síndicos buscam soluções para lidar com as novas cobranças e garantir que os custos sejam justos e transparentes. Enquanto aguardam a revisão tarifária prevista para 2026, é importante que os órgãos reguladores e as concessionárias encontrem um equilíbrio entre a necessidade de manter a qualidade do serviço e o impacto financeiro nas famílias e condomínios do Rio de Janeiro.

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