Vereadores aprovam aumento no IPTU de Ponta Grossa em sessão ‘surpresa’; veja
como calcular o novo valor do imposto
Projeto de lei não estava na ordem do dia e foi aprovado nas duas discussões,
com sessão extraordinária. Texto prevê correção no m² dos imóveis, que pode
resultar em aumento de até 50% no IPTU. Veja como cada vereador votou.
Vereadores aprovam aumento no IPTU em Ponta Grossa em 2026
Os vereadores de Ponta Grossa aprovaram nesta
quarta-feira (30) um projeto de lei (PL) elaborado pela Prefeitura Municipal que
vai resultar em um aumento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a
partir de 2026.
O PL não constava na ordem do dia, que define as propostas que serão votadas em
cada sessão, e foi incluído após uma suspensão da sessão para a inclusão da
pauta extra. Ele também foi aprovado nas duas votações no mesmo dia, já que uma
sessão extraordinária foi realizada para a segunda discussão do projeto. Saiba
mais abaixo.
O texto institui uma nova Planta Genérica de Valores para o cálculo do IPTU. Na
prática, será feita uma atualização do valor do metro quadrado dos terrenos, que
é um dos índices usados no cálculo do IPTU e se baseia em critérios como a
metragem do terreno, a localização dele, a valorização imobiliária, entre
outros.
Com a mudança proposta pelo projeto, o valor do imposto poderia subir até 50%.
No entanto, uma emenda parlamentar limita que a cobrança possa aumentar no
máximo 30% em 2026, e limita que o reajuste de até 20% sobre o exercício
anterior nos anos seguintes. Veja como calcular o novo valor do imposto mais
abaixo.
Agora, o projeto foi encaminhado para sanção da prefeita Elizabeth Schmidt
(União Brasil).
Outro projeto de lei aprovado nesta quarta-feira (30) ainda reduz de 15% para 5%
o desconto a quem opta por pagar o IPTU à vista em Ponta Grossa.
Emenda parlamentar limita reajuste do IPTU de Ponta Grossa — Foto: RPC
COMO VOTOU CADA VEREADOR
O projeto de lei que vai resultar em um aumento no IPTU de Ponta Grossa teve 12
votos favoráveis e seis contrários, além de uma ausência, de uma vereadora que
não estava presente na sessão. Veja abaixo como votou cada vereador:
➡️Votos favoráveis
Divo (União Brasil)
Dr. Zeca (União Brasil)
Fábio Silva (Republicanos)
Florenal (Podemos)
Guilherme Mazer (PT)
Jairton da Farmácia (PDT)
Júlio Kuller (MDB)
Leandro Bianco (Republicanos)
Pastor Ezequiel (DC)
Paulo Balansin (União Brasil)
Professor Careca (PV)
Teka dos Animais (União Brasil)
➡️Votos contrários
Enfermeira Marisleidy (PMB)
Maurício Silva (PSD)
Geraldo Stocco (PV)
Ricardo Zampieri (PL)
Dr. Erick (PV)
Léo Farmacêutico (União Brasil)
➡️Ausente
Joce Canto (PP)
Câmara Municipal de Vereadores de Ponta Grossa — Foto: RPC
VOTAÇÃO SURPRESA
Como de costume, ps vereadores de Ponta Grossa se reuniram na quarta-feira (30),
por volta das 14h, em mais uma sessão ordinária da Câmara Municipal. Na pauta do
dia, havia oito projetos de lei, sendo seis em primeira discussão e dois em
segunda votação.
No entanto, com menos de meia hora de sessão, o presidente da Câmara, vereador
Julio Kuller (MDB), pediu a paralisação dos trabalhos e uma reunião entre todos
os vereadores no seu gabinete.
Cerca de 50 minutos depois, os vereadores voltaram e a sessão foi retomada com
uma pauta extra, que não estava prevista na ordem do dia: a análise de um pacote
fiscal protocolado pela Prefeitura Municipal em 15 de julho, que incluía o PL
sobre o aumento no IPTU.
Minutos depois disso, a sessão foi suspensa novamente e os vereadores saíram, de
novo, do plenário. Eles retornaram cerca de duas horas depois, às 17h, para
votar os seis PLs previstos no “pacotão” da prefeitura. Eles tratam sobre:
venda e retomada de terrenos no Distrito Industrial;
adequação no Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN);
diminuição no desconto do pagamento do IPTU à vista para 5%;
programa de Recuperação Fiscal (refis);
nova Planta Genérica de Valores para cálculo do IPTU;
aumento do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) para 2,5%.
Todos foram aprovados em primeira discussão. Na sequência, o presidente da
câmara convocou uma uma sessão extraordinária, para que os projetos da
prefeitura fossem votados em segunda discussão, e todos foram aprovados
novamente.
IPTU Ponta Grossa — Foto: Millena Sartori/g1
COMO CALCULAR O NOVO VALOR DO IPTU
IPTU em Ponta Grossa: Aprenda a calcular valor estimado do seu imposto em 2026
O primeiro passo é acessar o mapa com os valores atualizados do metro quadrado
dos terrenos da cidade. A prefeitura disponibilizou um mapa na internet, no qual
é necessário dar zoom até achar o próprio imóvel.
Pegue este número do mapa, que indica o valor do metro quadrado, e multiplique
pelo tamanho do terreno. O resultado é o chamado valor venal do terreno.
Depois, você vai precisar de uma informação que consta no boleto do seu IPTU: o
valor venal da edificação, que representa quanto vale a construção que existe no
terreno.
Some o valor venal da edificação ao valor venal do terreno.
Se o terreno fica em uma área residencial e tem uma casa construída, multiplique
o resultado anterior por 0,8%. Se não há construções, ou seja, o terreno é
baldio, multiplique por 2%.
O resultado final é o valor estipulado do seu IPTU para 2026. Se ele é 30%
superior ao valor cobrado em 2025, o excedente será cobrado nos próximos anos.
Veja o resumo:
valor do metro quadro X tamanho do terreno = valor venal do terreno
(valor venal do terreno + valor venal da edificação) X 0.8% para áreas
residenciais com edificações
ou
(valor venal do terreno + valor venal da edificação) X 2% para terrenos
baldios