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Austrália faz busca por cápsula de césio-137 perdida

Última atualização 30/01/2023 | 08:26

Parte da Austrália ficou sobre alerta de radiação, neste sábado,28, depois que autoridades australianas divulgaram que foi perdido durante o transporte entre minas aos redores da região de Kimberley, uma cápsula radioativa contendo césio-137. As autoridades responsáveis estão fazendo uma busca à procura do material minúsculo que têm o tamanho de uma moeda.

O artefato foi perdido no início deste mês entre um campo de mineração ao norte das cidades australianas  de Newman e da cidade de Perth. A cápsula abriga uma pequena, mas ainda sim nociva, quantidade de césio 137, que pode causar sérios problemas de saúde aos seres vivos. O elemento é altamente radioativa e usado em atividades de mineração.

O Departamento de Serviços de Emergência e Incêndios da Austrália afirma que o material não pode ser usado para a produção de armas, mas que representa um sério risco à saúde. O montante é suficiente para causar queimaduras por radioatividade e outros problemas a longo prazo, como câncer.

A nossa preocupação é que alguém pegue o objeto por não saber o que é. A exposição a esta substância pode causar queimaduras por radiação ou doenças graves. Se as pessoas virem a cápsula ou algo parecido, afaste-se dela e mantenha outras pessoas longe dela também”, orientou o , afirma o coordenador de saúde do estado, Andrew Robertson.

As autoridades australianas alertam que qualquer pessoa que vir o objeto deve ligar para os serviços de emergência e procurar assistência médica imediata caso tenha entrado em contato com o césio. O elemento radioativo causou um dos piores desastres nucleares do mundo no Brasil em 1987, quando uma clínica com uma máquina de radioterapia foi abandonada e o material não foi descartado corretamente em Goiânia.

Relembre 

Considerado o pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986,  o maior acidente radioativo da história foi na capital goiana.  O material foi encontrado em por dois catadores de lixo, que o venderam a um ferro velho. Sem saber o que era o “pó brilhante” , dezenas de pessoas tiveram contato direto com o material radioativo, incluindo crianças. A contaminação atingiu 249 pessoas, muitas das quais morreram pouco tempo depois. A mais famosa foi a filha de um dos trabalhadores que recolheu a cápsula, a menina Leide das Neves.