A Copa não começou bem para o atacante Aziz Bouhaddouz, que marcou, aos 49 do segundo tempo, o gol contra que definiu a vitória do Irã na primeira rodada do Grupo B da Copa do Mundo – Espanha e Portugal completam a chave.
Com apenas um ano de idade, saiu de Berkene, no Marrocos com a família para viver em Dietzenbach, na Alemanha. Seus pais morreram de câncer quando Bouha — como é chamado — ainda era muito novo, o pai aos seus 11 anos e dois anos depois sua mãe também faleceu.
“Até completar 18 anos, eu era jornaleiro, e dos 17 aos 18 anos eu trabalhei no Burger King”, recordou-se Aziz Bouhaddouz, no ano passado. Atacante do St. Pauli, Bouhaddouz é um dos raros jogadores da seleção magrebina que nasceu no Marrocos.
O atacante da seleção marroquina jogava futebol nas ruas de forma amadora até os 16 anos de idade e não passou por formação alguma em clube de base. “Na minha vida as coisas nunca foram fáceis” afirmou há dois anos em uma entrevista.
Curiosamente, ele se apaixonou pelo futebol um ano antes do pai morrer. Militou por ligas amadoras da Alemanha por anos, até que seu espírito guerreiro chamou a atenção do Bayer Leverkusen, que o contratou para sua equipe B, onde ficou até chegar ao St. Pauli, da segunda divisão. É uma espécie de xodó da torcida, por conta de suas comemorações criativas.