Autor de 1º gol contra da Copa 2018, Bouhaddouz foi funcionário de lanchonete

A Copa não começou bem para o atacante Aziz Bouhaddouz, que marcou, aos 49 do segundo tempo, o gol contra que definiu a vitória do Irã na primeira rodada do Grupo B da Copa do Mundo – Espanha e Portugal completam a chave.

Com apenas um ano de idade, saiu de Berkene, no Marrocos com a família para viver em Dietzenbach, na Alemanha. Seus pais morreram de câncer quando Bouha — como é chamado — ainda era muito novo, o pai aos seus 11 anos e dois anos depois sua mãe também faleceu.

“Até completar 18 anos, eu era jornaleiro, e dos 17 aos 18 anos eu trabalhei no Burger King”, recordou-se Aziz Bouhaddouz, no ano passado. Atacante do St. Pauli, Bouhaddouz é um dos raros jogadores da seleção magrebina que nasceu no Marrocos.

O atacante da seleção marroquina jogava futebol nas ruas de forma amadora até os 16 anos de idade e não passou por formação alguma em clube de base. “Na minha vida as coisas nunca foram fáceis” afirmou há dois anos em uma entrevista.

Curiosamente, ele se apaixonou pelo futebol um ano antes do pai morrer. Militou por ligas amadoras da Alemanha por anos, até que seu espírito guerreiro chamou a atenção do Bayer Leverkusen, que o contratou para sua equipe B, onde ficou até chegar ao St. Pauli, da segunda divisão. É uma espécie de xodó da torcida, por conta de suas comemorações criativas.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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