Autor de chacina Lázaro Barbosa tenta matar mais uma família

Lázaro Sousa, de 32 anos, conhecido como ”Serial Killer do DF”, suspeito de cometer uma chacina contra uma família do Distrito Federal na última quarta-feira (9), iria cometer outro crime contra uma família feita de refém na noite de ontem, em Goiás. A informação foi dada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, para o site UOL.

Em entrevista na noite desta terça-feira (15), o secretário contou que Lázaro fez um casal e a filha de reféns na região de Cocalzinho de Goiás, e que a família não foi morta pois a polícia chegou a tempo. Dois policiais ficaram feridos durante a operação. Miranda ainda revelou que o criminoso tem um ritual para atacar as vítimas.

“Ele usou o mesmo modus operandi de sempre. Leva para a beira do rio, manda tirar as roupas e uns ele acaba matando. Hoje teria sido esse o destino dessa família hoje, principalmente depois que ele percebeu que a menina tinha pedido ajuda”, disse o secretário.

A filha do casal foi quem pediu ajuda a policia que teria visitado a chácara onde moravam na véspera do crime. Policiais civis, militares e rodoviários cercaram a região em busca do suspeito. A região, segundo o secretário, está toda cercada por policiais.

“Estamos entrando no oitavo dia, mas se precisar a gente entra no 38º…Só vamos sair daqui com esse sujeito na mão”, afirmou Miranda.

 

 

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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