Autor de crime chocante é identificado pela Polícia Civil: Miliciano Coruja é responsável pelo assassinato de adolescente em Rio das Pedras.

A Polícia Civil identificou o miliciano Rômulo da Rocha Brito, apelidado de Coruja, como o responsável pelo assassinato da adolescente Raquel Portugal Silva. O crime ocorreu em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, depois que a jovem recusou ter um relacionamento amoroso com o criminoso. Raquel foi morta com um tiro na cabeça, em um episódio de violência que chocou a comunidade local.

Após cometer o homicídio, o miliciano fugiu do local e, na tentativa de se esconder, acabou matando o próprio tio, Eduardo de Resende, em Queimados, Baixada Fluminense. Segundo a investigação da Polícia Civil, o assassino atirou diversas vezes contra o parente depois que outros familiares se recusaram a abrigá-lo. Após o crime, ele ateou fogo à residência e fugiu, gerando uma busca intensa por parte das autoridades.

Equipes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense estão em busca de Coruja para efetuar sua prisão. O miliciano é conhecido por fazer parte do grupo criminoso atuante em Rio das Pedras, e sua captura é considerada prioritária pelas autoridades. O caso chocante de violência destaca a importância do combate à milícia e à criminalidade na região.

Os relatos de testemunhas indicam que o miliciano assediou Raquel em diversas ocasiões, apesar de não terem qualquer vínculo amoroso. A recusa da adolescente em aceitar os avanços do suspeito resultou em um conflito que culminou na sua morte trágica. Raquel chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo na unidade de saúde.

O assassinato de Raquel Portugal Silva causou comoção e revolta na comunidade, enfatizando a necessidade de medidas efetivas para coibir a violência e proteger as vítimas. A atuação da Polícia Civil na identificação do autor do crime é fundamental para garantir a justiça e a segurança da população, combatendo a impunidade e promovendo a paz nas ruas do Rio de Janeiro.

O caso também levanta discussões sobre a proteção e o atendimento adequado às vítimas de violência, especialmente as mulheres e adolescentes. O apoio psicológico e jurídico é essencial para garantir que essas pessoas sejam acolhidas e amparadas diante de situações traumáticas como a vivenciada por Raquel. A sociedade como um todo deve se unir para combater a cultura do machismo e da violência, promovendo a igualdade e o respeito entre os gêneros.

Em meio a um cenário de conflitos territoriais e registros constantes de tiroteios na cidade, é fundamental que as autoridades atuem de forma proativa para coibir a ação de grupos criminosos e garantir a segurança da população. A investigação e a prisão do miliciano responsável pela morte de Raquel representam um passo importante na busca por justiça e no combate à impunidade, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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