Autoritarismo e promessas não cumpridas: reflexões de Barroso sobre democracia nos 40 anos da redemocratização

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Autoritarismo flui pelas promessas não cumpridas da democracia, diz Barroso

Presidente do STF diz que nem todas as promessas do regime democrático se realizaram, mas que Brasil está “muito melhor” do que há 40 anos

Nos 40 anos da redemocratização do Brasil, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que “o autoritarismo flui pelas promessas não cumpridas da democracia, de prosperidade e de oportunidade para todos”.

Neste sábado (15), o Brasil celebra os 40 anos do dia em que o ex-presidente José Sarney assumiu a presidência do Brasil, em 1985, após 21 anos de ditadura militar.

Em nota, Barroso refletiu sobre o Brasil pós-ditadura, destacando tanto as marcas deixadas pelo regime autoritário quanto os avanços conquistados pela democracia.

“A minha geração traz as cicatrizes da ditadura e viveu as promessas da democracia. Nem todas se realizaram, mas somos hoje muito melhores do que éramos ontem”, afirmou.

O ministro também demonstrou otimismo em relação ao futuro do país e reafirmou seu compromisso com o sistema democrático.

“Nesse momento em que há escuridão no horizonte global, nós podemos ser as luzes do caminho”, concluiu.

Manifestações de outras autoridades

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se pronunciou em seu perfil oficial no X (antigo Twitter) sobre os 40 anos da redemocratização. Na publicação, afirmou que é necessário “defender a democracia de quem planeja a volta do autoritarismo”.

O petista ainda elogiou José Sarney, dizendo que o ex-presidente governou com “extraordinária habilidade e compromisso político” sob a constante ameaça dos “saudosos da ditadura”.

Em texto inédito publicado neste sábado no portal da CNN, Sarney afirmou ter orgulho de dizer: “A democracia não morreu em minhas mãos; ao contrário, floresceu”.

Durante evento que comemora os 40 anos da redemocratização brasileira, o ex-presidente afirmou que o Brasil precisa seguir o lema de que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”.

No período da ditadura, o Congresso Nacional foi fechado três vezes. Na Câmara, 173 deputados tiveram seus mandatos cassados pelo regime militar.

Diante disso, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), também se pronunciou em seu perfil no X e declarou que a democracia é um “princípio básico” e “inegociável”. Ele ainda completou dizendo que seguirá “usando a carta magna como uma bússola na defesa do Brasil e dos brasileiros”.

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