Autorização para transferência de líderes do tráfico no RJ aguarda definição de presídios federais

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No cenário do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, o Ministério da Justiça ainda está em processo para definir para qual presídio federal os sete chefes do tráfico serão transferidos. A autorização para a transferência dos criminosos foi concedida pela Vara de Execuções Penais há três dias, mas os trâmites judiciais e a escolha da unidade de destino ainda estão pendentes, conforme informações da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).

A SENAPPEN afirmou que, por razões de segurança, não serão divulgadas informações sobre o local de destino dos criminosos até que as escoltas da transferência sejam concluídas. Mesmo com a autorização da Vara de Execuções Penais no início de novembro, o processo ainda precisa passar pelos trâmites legais e ser encaminhado ao juízo federal competente para a execução das transferências pela Polícia Penal Federal.

A decisão de transferir os detentos para unidades federais foi assinada pelo juiz Rafael Estrela Nóbrega, titular da VEP, acatando o pedido das autoridades policiais do estado. Entre os sete criminosos que aguardam a remoção do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, estão nomes conhecidos como Arnaldo da Silva Dias (Naldinho) e Carlos Vinicius Lírio da Silva (Cabeça do Sabão), apontados como chefes do Comando Vermelho.

Essa transferência para o sistema federal é uma das medidas tomadas pelo governo do Rio para desarticular a comunicação entre os líderes do tráfico e as bases da facção nas comunidades da capital e da Baixada Fluminense. A ação visa conter a atuação dos criminosos e reduzir a violência causada pelos ataques, extorsões e execuções lideradas pelos chefes do tráfico que estão sob custódia do sistema prisional estadual.

Com a necessidade de vencer as resistências e barricadas dos criminosos, a atuação policial tem sido intensificada em áreas estratégicas, como a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. A manutenção de bases de operação no maciço da Serra da Misericórdia também evidencia a persistência do enfrentamento entre as forças de segurança e os criminosos na região. Diante desse cenário, a transferência dos chefes do tráfico para presídios federais é vista como uma medida importante para tentar controlar a ação criminosa e garantir a segurança da população.

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