Auxílio Brasil: beneficiários têm até sexta, 14, para atualizar cadastro e evitar suspensão do serviço

Auxílio Brasil: beneficiários têm até sexta, 14, para atualizar cadastro e evitar suspensão do serviço

Os beneficiários do Auxílio Brasil, que estão há mais de dois anos sem alteração, devem ficar atentos para não ter o benefício suspenso ou cancelado, visto que o prazo para a atualização do Cadastro Único (CadÚnico) se encerra nesta sexta-feira, 14. 

O CadÚnico é o principal instrumento do governo para a inclusão de famílias de baixa renda em programas federais como Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de dar direito ao Auxílio Emergencial e ao Auxílio Brasil, entre outros benefícios.

Vários locais em todo país têm registrado filas quilométricas com beneficiários interessados em atualizar seus cadastros. Ao todo, cerca de 263 mil famílias brasileiras ainda precisam fazer a atualização cadastral. Ou seja, correm risco de ficar sem o auxílio.

Suspensão e prazos

A falta de atualização dos dados do CadÚnico pode levar à suspensão de benefícios, e posteriormente, o cancelamento do programa a partir de julho de 2023. Mesmo que o benefício seja federal, as informações são utilizadas ainda pelos estados e pelos municípios para implementação de políticas públicas, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de cada município. 

As famílias com cadastro desatualizado desde 2016 ou 2017, podem estar regularizando o cadastro até a sexta, a fim de evitar o bloqueio do Auxílio Brasil. Já o prazo para evitar o cancelamento do benefício e da Tarifa Social de Energia Elétrica, se estende até dezembro.

Cadastro

Em março, foi criado o aplicativo do CadÚnico. Pelo canal, além do site na Internet, é possível saber se os cadastrados estão em fase de Averiguação ou Revisão Cadastral, e o que devem fazer para regularizar seus registros.

Além disso, as famílias beneficiárias do Auxílio Brasil recebem mensagens no extrato de pagamento do benefício e pelo aplicativo. Já os beneficiários da TSEE podem receber comunicados por mensagem na conta de energia elétrica.

Caso não tenha ocorrido nenhuma alteração nas informações prestadas na última entrevista, a família beneficiária poderá também fazer a confirmação dos dados pelo aplicativo. Porém, se for preciso alterar algum dado, é necessário comparecer a um posto de cadastramento para uma nova entrevista de atualização cadastral.

É possível verificar os endereços do Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de cada município no link: https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/mops/.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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