Avalanche já deixa oito mortos no Japão

Pelo menos oito adolescentes morreram e 30 pessoas ficaram feridas depois que uma avalanche surpreendeu um grupo de estudantes em uma pista de esqui no centro do Japão. A informação é da Agência EFE.

Cerca de 60 adolescentes e professores de sete colégios estavam na pista de esqui do complexo Nasuonsen Family Ski Resort, da cidade de Nasu – a cerca de 200 quilômetros ao norte de Tóquio – no momento da avalanche, segundo informações das autoridades da região divulgadas pela emissora pública NHK.

O departamento regional de bombeiros recebeu uma ligação de emergência por volta das 9h20 (horário local, 21h20 de domingo em Brasília).

Oito menores foram achados mortos, enquanto 30 pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave, segundo a agência de notícias Kyodo.

A polícia e as equipes de resgate continuam vasculhando a área em busca de outras pessoas sob a neve.

A Agência Meteorológica Japonesa (JMA) tinha ativado, no dia anterior, um alerta para avalanches na região, depois que se acumularam 33 centímetros de neve em apenas oito horas. O governo japonês já iniciou um esquema especial de atendimento.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou, durante sessão parlamentar, que o governo “fará qualquer esforço para responder a este desastre” e que “a prioridade se concentra agora em resgatar as vítimas”.

Os estudantes estavam no complexo fazendo um programa de alpinismo, que começou no sábado (25) e que deveria ter sido concluído hoje ao meio-dia.

*Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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