Avanço: uso de pele de tilápia no tratamento de queimaduras

O Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL) recebeu no último sábado (14), uma palestra com o pesquisador e cirurgião plástico Edmar Maciel. Coordenador da pesquisa da pele da tilápia para o tratamento na cicatrização de queimaduras, ele falou sobre esse procedimento inovador que utiliza a pele de um animal aquático para a assistência dos pacientes que sofreram desse trauma. 

O pesquisador explicou que o tratamento com a pele de tilápia se diferencia pois o curativo não precisa ser trocado diariamente. Fato que reduz as dores dos pacientes. Além disso, a  técnica, que vem sendo desenvolvida e testada desde 2014, tem custos menores. A pele colocada em queimaduras de segundo grau permanece até o final do tratamento.

O curso é a primeira etapa de capacitação para a execução da pesquisa nos tratamentos aos pacientes vítimas de queimaduras do HUGOL. A próxima fase será o treinamento com a equipe médica para habilitá-los a integrar o projeto. O supervisor do Centro de Referência em Assistência a Queimados do hospital, Fabiano Arruda, acredita que o método será benéfico para a maioria dos pacientes, pois eles retornarão pra casa mais cedo. 

A pesquisa contribui para que a unidade do HUGOL seja inserida no âmbito na ciência. Já se trata de uma unidade de assistência, ensino, pesquisa e extensão universitária, mas a pesquisa, para  Fabiano Arruda, “é um marco para o Brasil, uma revolução científica, uma inovação que impactará na área médica nos próximos anos”. 

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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