Avião aborta pouso após “quicar” na pista de ilha em Portugal

Um avião modelo Airbus A320neo da Scandinavian Airlines, com 90 passageiros a bordo, enfrentou momentos críticos ao abortar pouso no Aeroporto da Madeira-Cristiano Ronaldo, em Funchal, Portugal. O incidente ocorreu durante o voo regular SK2901, proveniente de Estocolmo, Suécia, no dia 6 de janeiro.

O comandante, ao confrontar-se com ventos cruzados na pista 23, optou por abortar a aterrisagem após um toque duro no lado direito e indícios de problemas no motor esquerdo. O vídeo do grupo ‘Madeira Aviation’, no YouTube, documenta o momento tenso.

Veja o vídeo:

 

Depois da arremetida e a realização de 3 órbitas (trajetórias circulares de espera em voo) para avaliação da situação, seguida da decisão de desvio para Las Palmas, a aeronave pousou sem maiores incidentes cerca de 90 minutos depois.

Fontes em Las Palmas indicam que o avião permaneceu estacionado para inspeção técnica, avaliando especialmente o motor afetado. Após uma noite em Grã-Canária, os passageiros foram transportados de volta à Madeira no avião de matrícula LN-RGN. O voo SK2902 está previsto para chegar a Estocolmo/Arlanda neste domingo à noite.

O comandante da TAP na reforma, José Correia Guedes, partilhou na rede social X um dos vídeos e explica o que terá acontecido. “Aterragem muito dura e possível compressor stall no motor #1 do A320Neo da SAS”.

Um compressor stall, segundo o mesmo, ocorre “por vezes quando o fluxo de ar que entra no motor é perturbado. O fato da chama aparecer quando o trem toca no solo parece apontar para essa possibilidade mas a mudança súbita de vento também pode contribuir”.

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Parlamento da Coreia do Sul derruba lei marcial após declaração de estado de exceção pelo presidente

O Parlamento da Coreia do Sul suspendeu nesta terça-feira, 3, a lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol, uma medida que gerou uma crise política e protestos intensos em Seul. A decisão do presidente, anunciada em rede nacional, foi justificada como uma forma de combater supostas ameaças comunistas vindas da Coreia do Norte e eliminar “elementos antiestado”.

A medida, no entanto, foi amplamente criticada por políticos de oposição e até mesmo por membros do partido governista. O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, convocou uma reunião de emergência para votar a suspensão da lei marcial. A resolução foi aprovada por unanimidade, com 190 parlamentares presentes.

A declaração de lei marcial havia permitido que militares assumissem funções normalmente desempenhadas por autoridades civis. Médicos em greve foram obrigados a voltar ao trabalho em 48 horas, sob ameaça de prisão sem mandado, enquanto a imprensa e editoras ficaram sujeitas a controle militar.

Horas antes da votação parlamentar, forças de segurança bloquearam o acesso ao edifício do Parlamento, com helicópteros militares sobrevoando a área e soldados armados restringindo a entrada. Manifestantes contrários à decisão do presidente se reuniram em frente à Assembleia Nacional, resultando em confrontos com a polícia. Alguns manifestantes chegaram a deitar sob veículos militares para impedir seu avanço.

A crise política também foi exacerbada por tensões internas no governo. Lideranças do oposicionista Partido Democrático e do governista Partido do Poder Popular se uniram contra a decisão de Yoon. O presidente enfrenta dificuldades para aprovar projetos no Parlamento e perdeu apoio político nos últimos meses.

A última vez que a Coreia do Sul viveu sob lei marcial foi em 1979, após o assassinato do então ditador Park Chung Hee. Observadores apontam que o episódio atual reflete um momento delicado na democracia sul-coreana, com a necessidade de diálogo político e respeito às instituições para evitar retrocessos.

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