Avião Boeing 727 de São Luís vira biblioteca em Vargem Grande

Avião parado no aeroporto de São Luís é transportado para Vargem Grande e vai virar biblioteca comunitária

O avião, modelo Boeing 727, vai ser levado pela BR-135 por um carro extensivo. Ele chegou ao Brasil na década de 1970 e estava desativado desde 2010, estacionado no aeroporto da capital. Agora o veículo aéreo vai ser usado como uma biblioteca comunitária na cidade.

Um avião, modelo Boeing 727, foi transportado do Aeroporto Internacional de São Luís Marechal Cunha Machado para a cidade de Vargem Grande, na manhã desta quarta-feira (11). O veículo aéreo, que estava desativado desde 2010 e estacionado no aeroporto da capital, vai ser usado como uma biblioteca comunitária virtual na cidade.

O Boeing, de quase 40 metros de comprimento, está sendo levado pela BR-135 por um carro extensivo. Para que fosse permitido o traslado pela rodovia, foi preciso a autorização do Departamento Nacional de Trânsito (Dnit), feita nessa terça-feira (10).

O Boeing 727 chegou ao Brasil na década de 1970 e era usado tanto para transportes de passageiros como para transporte de carga. Ele estava parado no Aeroporto de São Luís após a empresa proprietária do veículo entrar na Justiça com pedido de recuperação judicial.

O avião teve de ser desmontado e suas partes, como as asas, levadas por outros caminhões, para que o traslado fosse possível. Na saída da capital, o carro extensivo que o transportava ficou atolado na lama, o que causou atraso. A previsão é que o avião chegue à Vargem Grande por volta das 17h.

O avião vai passar por serviços de adaptação para receber a nova estrutura de biblioteca virtual pública e ter início à nova utilidade, tais como pintura e remodelação do espaço interno.

Além desse, dois outros aviões da mesma empresa proprietária estão sendo levados da capital maranhense ao estado do Ceará, onde terão outra utilidade.

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Buscas por desaparecidos na ponte entre MA e TO são retomadas; 4 mortes confirmadas

Buscas por desaparecidos após queda de ponte entre MA e TO são retomadas nesta quarta; 4 mortes são confirmadas

Pelo menos dez veículos passavam pela ponte no momento do desastre no domingo (22). Treze pessoas continuam desaparecidas.

Equipes do Corpo de Bombeiros retomaram na manhã desta quarta-feira (25) as buscas pelos 13 desaparecidos após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, no domingo (22). Quatro mortes foram confirmadas.

Pelo menos dez veículos, sendo três caminhões que transportavam cerca de 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, acabaram caindo no rio em virtude do desabamento.

A operação de buscas encerrou às 18h30 dessa terça-feira (23) e foi retomada às 6h desta quarta (25), com embarcações da Marinha e do Corpo de Bombeiros. Cerca de 90 pessoas estão envolvidas na força-tarefa.

As buscas estão sendo realizadas nesta manhã apenas com botes. Onze mergulhadores da Marinha ajudam na operação de buscas. Por enquanto, trabalham em lanchas, sem mergulhar, já que duas das carretas que caíram da ponte estavam carregadas com produtos tóxicos.

Uma reunião será realizada ainda nesta manhã para avaliar as condições do rio Tocantins. Segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), até o momento não há indícios de contaminação.

A Marinha informou que está utilizando um equipamento chamado SideScan Sonar, que identificou a possível localização de um dos caminhões, a aproximadamente 40 metros de profundidade. Veja na imagem abaixo.

Também está prevista para esta quarta-feira a chegada de um drone subaquático da Polícia Federal, que deve agilizar a localização dos veículos e corpos submersos.

VÍTIMAS

– Na terça-feira (24), o corpo de Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos foi encontrado no rio, segundo os bombeiros do Maranhão. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, com origem em Dom Eliseu, Pará.
– Por volta das 9h, também foi achado o corpo Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas.
– Ainda na terça-feira (24), por volta das 11h20, o corpo de Andreia Maria de Souza de 45 anos foi encontrado. Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico.
– No domingo (22), o corpo de Lorena Ribeiro Rodrigues de 25 anos foi localizado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ela é natural de Estreito (MA), mas mora em Aguiarnópolis (TO).
– Um homem de 36 anos foi encontrado com vida por moradores e levado ao hospital de Estreito.

A SITUAÇÃO DA ÁGUA

A suspeita é que a água do Rio Tocantins esteja contaminada – mais de 70 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de agrotóxicos caíram no rio. Amostras da água foram recolhidas por órgãos ambientais federais para saber se há risco para a população. Ainda não se sabe se houve vazamento, mas caso o produto ainda esteja nos caminhões, uma empresa especializada deve fazer a remoção. O Ministério Público Federal (MPF) vai apurar os danos ambientais.

Por precaução, o governo do Maranhão pediu para os moradores e prefeituras não pegarem a água do rio para abastecimento. A Agência Nacional de Águas e Saneamento estima que 18 cidades do Tocantins e Maranhão podem ter sido impactadas.

Governo do MA pede que prefeituras e população não utilizem águas do rio Tocantins por risco de contaminação

O ministro dos Transportes, Renan Filho, sobrevoou a região na segunda (23), com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, do PSB, e do Tocantins, Wanderley Barbosa, do Republicanos. Renan Filho anunciou um decreto emergencial para destinar pelo menos R$ 100 milhões para obras de reconstrução da ponte.

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