Avião que caiu em Goiânia não tinha autorização para táxi aéreo

O avião de pequeno porte que caiu sobre um sobrado na tarde desta quarta-feira, 22, na Vila Mutirão, em Goiânia, não tinha operação autorizada para realizar o serviço de táxi aéreo, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Segundo o órgão, a aeronave do modelo EMB-810D, tinha capacidade máxima para transportar 6 passageiros e foi fabricada em 1993.

Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informou que foi acionado ainda ontem para realizar a ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave.

“A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, diz um trecho do comunicado.

Acidente e mortes

De acordo com a Polícia Militar (PM), a aeronave caiu em cima de um sobrado, onde funciona um supermercado na parte debaixo. Segundo os bombeiros, duas mulheres estavam na casa no momento do acidente, mas elas não ficaram feridas. Porém, dos seis ocupantes da aeronave, dois morreram.

Leonardo Rodrigues da Rocha e Bruno Rodrigues da Rocha foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiram aos ferimentos. Eles eram empresários em Taiobeiras, no norte de Minas Gerais, e donos da aeronave. Além dos irmãos, mais quatro pessoas estavam no avião. Eles foram levados para o Hospital Estadual Governador Otávio Lage (Hugol). São dois homens e duas mulheres. Veja todos as vítimas:

  • Roberto Pereira Junior: piloto de avião, tem estado regular e respira espontaneamente;
  • Indira Mendes Maia: tem estado regular e respira espontaneamente;
  • Winnicius Duarth Alves Rodrigues: engenheiro civil, tem estado regular e respira espontaneamente;
  • Priscila Fagundes Amaral: estado grave e respira com ajuda de aparelhos;
  • Bruno Rodrigues da Rocha: empresário, de 38 anos (morreu no hospital);
  • Leonardo Rodrigues da Rocha: empresário, de 43 anos (morreu no hospital).

Os bombeiros informaram que os tripulantes saíram de Taiobeiras, no norte de Minas Gerais, e voaram para Goiânia. Na casa onde a aeronave caiu estavam duas mulheres, que não tiveram ferimentos.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) estão no local para fazer a Ação Inicial da ocorrência.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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