Um brasileiro irritou bolsonaristas aglomerados na porta da casa onde o ex-presidente Jair Bolsonaro está hospedado em Orlando, nos Estados Unidos. Ele mesmo filmou o momento em que dirigia um carro e perguntou aos apoiadores se o local era realmente onde estava o adversário de Lula nas eleições de 2022.
“É aqui mesmo que está o Bolsonaro? Avisa ele que o Xandão está esperando ele. Avisa ele. Ô fascista, genocida, acabou pra você, seu lixo”, gritou enquanto era perseguido por bolsonaristas e um deles mostra o dedo do meio ao autor do vídeo.
O “Xandão” é uma referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Ele é tido por bolsonaristas como perseguidor de Bolsonaro e favorável a Lula. Para eles, o integrante da Corte teria favorecido a campanha presidencial petista.
Bolsonaro permanece desde a noite do último sábado, 30, na residência de férias do ex-lutador brasileiro de MMA, José Aldo. Eleitor do ex-presidente, ele publica fotos ao lado do político desde o início do mandato presidencial e chegou a pedir voto aos seguidores nas últimas eleições. A ex-primeira-dama Michelle e a filha do casal também estão no local.
A viagem de Jair ao exterior aconteceu um dia antes da posse de Lula no cargo de presidente da República. A estratégia foi usada por se recusar a transmitir a faixa presidencial ao petista em 1º de janeiro. Nos bastidores, a informação é de que Bolsonaro ficaria ao menos três meses em um “período sabático” antes de retornar ao Brasil.
No entanto, os planos podem ser modificados. É que o salário e o aluguel de uma casa para o ex-chefe do Executivo federal combinados com a cúpula do PL não estão garantidos. O valor de R$ 39 mil mensais, por exemplo, depende de liberação judicial de R$ 2.071.267,57 para custeio dessa e de outras despesas da sigla. Até agora, apenas R$ 1.155.673,44 pode ser empenhado para pagamento de dívidas referentes a dezembro de 2022 e janeiro de 2023.
Os recursos foram bloqueados pelo ministro Alexandre de Moraes após a legenda questionar o resultado do segundo turno das eleições do ano passado. Ele condicionou o pedido à comprovação de supostas irregularidades também no primeiro turno. Como o PL não conseguiu, foi multado em 22,9 milhões por litigância de má-fé.
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