A avó paterna da criança de 2 anos com paralisia cerebral, que foi retirada dos pais influenciadores, denunciou ao Conselho Tutelar que vem sofrendo ameaças nas redes sociais e está com medo. A menina é filha de Igor de Oliveira Viana, 24 anos, e Ana Vitória Alves dos Santos, 22 anos, são suspeitos de cometerem maus-tratos contra a criança.
A conselheira Grazielle Ramos mencionou que a avó está sendo agredida e criticada nas redes sociais, questionando a decisão do Conselho Tutelar de entregar a menina para ela. Ela destacou que houve um estudo detalhado antes da decisão.
A delegada Aline Lopes ouviu a avó, que afirmou ter recebido ameaças e planeja reunir provas para entregar à Polícia Civil (PCGO). Além disso, os profissionais de saúde que cuidam da criança também afirmaram estar com medo de represálias, e a conselheira afirmou que irá acionar autoridades para garantir a segurança dos atendimentos.
A defesa do casal suspeito de maus-tratos afirmou que eles são inocentes e estão à disposição da autoridade policial para colaborar com a investigação.
Relembre
A Polícia Civil de Goiás está investigando um influenciador digital de Anápolis suspeito de crimes contra a própria filha de 2 anos, que possui paralisia cerebral. Igor Viana, de 24 anos, é suspeito de maus-tratos, estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência e constrangimento à criança. As denúncias contra ele partiram não só de pessoas na internet, mas também de familiares preocupados com o bem-estar da criança.
Igor Viana compartilha a rotina da filha com seus 47 mil seguidores, mostrando momentos de fisioterapia e lazer, mas recentemente áudios comprometedores viralizaram nas redes sociais. Neles, o influencer debocha das doações para o tratamento da filha, afirmando que não é obrigado a gastar o dinheiro exclusivamente com ela e que também tem suas próprias necessidades a serem supridas. Em outro trecho, ele chega a dizer que tem vontade de colocar a criança em um orfanato por considerá-la “chata”.
Além de Igor, a polícia também investiga a mãe da criança por suspeita de omissão de crimes e desvio de dinheiro. A delegada responsável pelo caso ressaltou que a mãe, ao não agir para impedir as atitudes do ex-marido, pode ser responsabilizada por omissão. O casal está separado e não há processo judicial de guarda da criança, mas um acordo em que o pai ficaria com a filha.