Azul assegura: ‘Não haverá impacto para clientes’ após recuperação judicial

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‘Não haverá impacto para clientes’, diz Azul sobre recuperação

Companhia aérea realiza coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30). Azul passou
pela primeira audiência na Justiça dos EUA após acionar Capítulo 11 da Lei de
Falências.

A Azul Linhas Áreas afirmou nesta sexta-feira (30) que o pedido de recuperação
judicial não deve refletir em impactos para os clientes. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa, um dia após a primeira audiência da empresa na Justiça dos Estados Unidos.

A companhia entrou com pedido de proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências — mecanismo semelhante à recuperação judicial no Brasil.

Segundo informações do Tribunal dos EUA, o mecanismo permite que a empresa devedora mantenha todos os seus ativos, podendo continuar com a operação, negociar um possível adiamento de suas dívidas e, com aprovação judicial, até mesmo conseguir um novo empréstimo.

Entre as ações propostas está a redução de frota futura em 35%, medida que, segundo a companhia, visa otimizar as operações com menor custo, com modelos novos, mais econômicos, que seriam incorporados enquanto contratos de leasing (aluguel de aeronaves) seriam encerrados.

A Azul informou que o objetivo da medida é reduzir significativamente o endividamento da companhia e gerar caixa.

Segundo a empresa, o processo inclui US$ 1,6 bilhão em financiamento e deve eliminar mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,28 bilhões) em dívidas, além de prever US$ 950 milhões em novos aportes de capital na saída do processo.

A Azul informou que, neste período, vai seguir operando normalmente, “mantendo nossos compromissos com nossos públicos de interesse, incluindo continuar voando e fazendo reservas como de costume”.

Em comunicado aos investidores, John Rodgerson, CEO da Azul, atribuiu as dificuldades financeiras da companhia à pandemia de Covid-19, às turbulências macroeconômicas e aos problemas na cadeia de suprimentos da aviação.

O processo de recuperação judicial é mais um episódio de problemas recentes aos quais a companhia conviveu no último ano. Entre eles, estão a suspensão de rotas no Brasil e cancelamentos de voos.

Rodgerson afirmou também que o acordo com os credores, além de um aporte de R$ 3,1 bilhões, iria garantir a companhia “mais forte que nunca”.

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