Babá e marido suspeitos de estuprar bebê de um ano continuarão presos

bebê

O casal Elaine Dias da Silva Matos e Wilker da Silva Esteves continuará preso preventivamente por suspeita de terem estuprado uma bebê de 1 ano e oito meses em Goiânia. A mulher é babá da criança e teria levado a menor para casa sem autorização da mãe, onde o abuso sexual teria sido cometido. O crime teria ocorrido  na última sexta-feira, 30. A decisão de manter os dois na cadeia foi dada em uma audiência de custódia realizada neste domingo, 1º.

 

“Cheguei em casa e fui trocar a fralda, ela fechou as perninhas e começou a chorar. Quando eu abri, vi que estava muito vermelho, muito machucado”, relata a mãe.

 

A menor foi levada para um hospital. Os médicos constaram lesões que sinalizam abuso sexual. A orientação foi procurar o Instituto Médico Legal (IML). Após exames no local, um laudo confirmou que “não houve conjunção carnal”, no entanto havia a “presença de lesão de origem traumática compatível com ato libidinoso”. 

 

Para a delegada responsável pelo caso, Adriana Fernandes, não há dúvida de que houve estupro da bebê. “O homem não disse nada. A mulher disse que foi dormir com a bebê na cama e não viu nada, acordou com ela chorando pedindo para mamar”, pontuou a policial sobre o depoimento do casal.

Crime

Segundo o Código Penal, estupro é ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que se pratique outro ato libidinoso constrangendo alguém mediante violência ou grave ameaça. A punição é maior para os crimes contra menores de 18 ou maiores de 14  anos de idade, sendo de reclusão de 8  a 12 anos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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