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Babá gravada por câmera escondida de patrão será indenizada em R$ 15 milhões

Última atualização 24/09/2024 | 09:59

Uma babá colombiana foi indenizada em R$ 15,3 milhões após ser filmada nua secretamente por seu patrão milionário em Nova York. O incidente, que ocorreu em 2021, levou a um julgamento que resultou em uma das maiores indenizações já concedidas por violação de privacidade nos Estados Unidos

A vítima, uma babá colombiana, trabalhava para um patrão milionário em Nova York. Sem o seu conhecimento ou consentimento, ela foi filmada nua pelo empregador, o que constitui uma grave violação de sua privacidade. O caso veio à tona quando a babá descobriu as gravações e decidiu levar o assunto à justiça.

Crime

A vítima havia passado por um treinamento de uma empresa de au pair, que intermediou a ida dela aos EUA e o trabalho na casa do empresário, identificado como Michael Esposito. Ela ficara responsável por cuidar dos quatro filhos do casal, na casa dos pais da esposa de Michael.

Em depoimento, a babá relatou ter flagrado o empregador diversas vezes no quarto onde ela dorme e mexia no detector de fumaça no teto com frequência. Ela teria achado estranho e, três semanas depois da última mudança no detector, encontrou uma câmera com cartão de memória, contendo diversas gravações dela no cômodo.

Nos vídeos, a mulher aparece nua, se vestindo ou se despindo. A baba relatou que, minutos depois de encontrar a câmera, o empresário apareceu na residência e bateu na porta do quarto dela. Ela pulou da janela do primeiro andar e acabou machucando o joelho.

A mulher relatou os crimes para a polícia e um acordo judicial entre ela e a empresa de au pair foi firmado em agosto. Já o empresário foi preso em março de 2021 sob acusação de vigilância ilegal, que é passível de até 4 anos de prisão. Ele foi liberado sob condição de acompanhamento por um ano e condenação de dois anos em liberdade condicional.

A Justiça dos Estados Unidos determinou no júri de Manhattan, que a babá deveria receber uma indenização de US$ 2,78 milhões, o equivalente a aproximadamente R$ 15,3 milhões. Além disso, o acusado e a mulher deverão pagar mais US$ 780 mil em danos morais à au pair.